segunda-feira, 27 de junho de 2011

SÃO PAULO É MAIS GAY OU EVANGÉLICA?

Como considero a diversidade o ponto mais interessante da cidade de São Paulo, gosto da ideia de termos, tão próximas, as paradas gay e evangélica tomando as ruas pacificamente. Tão próximas no tempo e no espaço, elas têm diferenças brutais.



Os gays não querem tirar o direito dos evangélicos (nem de ninguém) de serem respeitados. Já a parada evangélica não respeita os direitos dos gays (o que, vamos reconhecer, é um direito deles). Ou seja, quer uma sociedade com menos direitos e menos diversidade.



Os gays usam a alegria para falar e se manifestar. A parada evangélica tem um ranço um tanto raivoso, já que, em meio à sua pregação, faz ataques a diversos segmentos da sociedade. Nesse ano, um do seus focos foi o STF.



Por trás da parada gay, não há esquemas políticos nem partidários. Na parada evangélica há uma relação que mistura religião com eleições, basta ver o número de políticos no desfile em posição de liderança. Isso para não falar de muitos personagens que, se não têm contas a acertar com Deus, certamente têm com a Justiça dos mortais, acusados de fraudes financeiras.



Nada contra - muito pelo contrário - o direito dos evangélicos terem seu direito de se manifestarem. Mas prefiro a alegria dos gays que querem que todos sejam alegres. Inclusive os evangélicos.



Civilidade é a diversidade. São Paulo, portanto, é mais gay do que evangélica.





Texto de Gilberto Dimenstein

6 comentários:

Acreucho disse...

Não há o que comparar Vitor, Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. É necessário que acabe essa disputa entre gays e evangélicos, inclua-se nisso também os católicos, espíritas, religiões afro, budistas, e qualquer outra religião. É preciso que se encare uma realidade que muitas pessoas não tem coragem de encarar e comentar. "Quem, de qual religião, quererá que seu filho seja gay? Rio Branco então "é mais evangélica (religiosa), do que gay", pois, na parada pela diversidade não haviam nem mil pessoas, já na Marcha para Jesus havia pelo menos 40 mil pessoas. Discordo quando diz que não há interesses por trás das manifestações gays, há sim e, envolvendo muito dinheiro, em 2010 só no Brasil, o segmento rendeu mais de 8 bilhões!

Anônimo disse...

Há o que comparar sim, Vitor. A disputa entre gueis e evangélicos está longe de acabar, principalmente porque os evangélicos são os mais declaradamente preconceituosos.Os católicos, espíritas, religiões afro, budistas são bem mais tolerantes e mesmo que ninguém, seja de qualquer religião queira que seu filho seja gay, é importante que se tiverem, devam respeitar.No Acre, o movimento gay não foi tão numeroso quanto foi em São Paulo, mas já foi um grande começo de luta contra a intolerância à diversidade e a tendência é só crescer. Parabéns pelo seu texto tão esclarecedor,muita gente precisa saber disso.

Anonimo Consciente disse...

Não entendo essa lógica que diz que o segmento lgbt rende 8 bilhões ao ano e não tem bala na agulha p/ fazer lobby em Brasília, como que pode? Não é um contracenso? O que sei é que não morre nem um terço de evangélico espancado na rua que nem cachorro. Vidas perdidas não tem dinheiro que pague, sejam estas vidas de gays ou de heteros. Muita vergonha de um país que não consegue legislar de forma laica e que deixa a religião apitar em assuntos que ferem a dignidade e os direitos humanos. Meus filhos vão viver num mundo melhor e sem preconceito, esse ano ata ou desata, pior do que tá não fica! Há cobranças de todos os setores da sociedade (imprensa e TV, inclusive) por criminalização de homofobia, assim como foi criminalizada com anos de atraso a violencia contra negros e mulheres. É só questão de tempo, quem anda pra trás é caranguejo, evangélicos podem espernear o tanto que quiserem, mas não podem impor seu fanatismo absurdo a ninguem, STF já deu o recado p/ eles.

ocelio disse...

uuuuuuuuuuuuuuu ha vitor se guey nao e veconha!

ocelio disse...

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ocelio disse...

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