JAMAIS SE NIVELE POR BAIXO, AINDA QUE A SITUAÇÃO PAREÇA APONTAR PARA ESSE CAMINHO. NÃO É PRECISO DESCER AO INFERNO PARA FALAR COM O DIABO, ELE NÃO ESTÁ LÁ!
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
PRECONCEITO
Eu já havia falado sobre isso numa postagem anterior, mas, sinceramente, as coisas não mudam. Não que eu espere que um texto meu revolucione o mundo e mude a cabeça das pessoas, mas me assusto quando percebo que evoluímos tanto em tantos aspectos e estamos estagnados no trato com o OUTRO, isto é, no respeito pelo PRÓXIMO. Antes de expressar minha indginação, quero por aqui o trecho de um artigo escrito por João Silvério Trevisan pubilcado na revista G Magazine que trata também desse assunto. NÃO LEIA SE VOCÊ FOR FROUXO! Diz ele:
ESTAMOS DE SACO CHEIO, SENHOR JUIZ!
Mais de uma vez vi cena parecida, mas ela sempre me choca. Um bando de meninos de rua, deitados na calçada em frente à praça da República, gritava chacotas para três bichinhas que passavam tranquilas por ali. Minha pergunta é sempre a mesma: o que leva párias sociais a se sentirem superiores a uma pessoa só por ela ser supostamente homossexual? Por que alguém tão humilhado pela sociedade se sente no direito de humilhar pessoas homossexuais? Por que, não importa o que possamos ser, o fato de ostentarmos nossa homossexualidade faz de nós seres despreziveis aos nossos próprios párias? [...] O caso dos moleques de rua que faziam gozação às bichinhas não é isolado nem ocorre por estarem alijados das regras sociais. [...] Em agosto ultimo, a Revita Folha publicou uma materia sobre pesquisa na qual a grande maioria dos paulistanos entrevistados aprovava a presença de homossexuais em várias profissões, de presidente da república a jogador de futebol, passando por pastor evangélico a padre católico. No entanto, o teor da matéria está em total contradição com as ilustrações aberrantes veiculadas nela: cada profissão era ilustrada com um bonequinho desmunhecando de maneira acintosa. O ponto alto era um jogador afetadíssimo, com uma bunda imensa e peluda sentado em cima de uma bola. Na melhor da hipóteses, alguém desenhou e alguém publicou achando tudo uma brincadeira inocente, como se fosse ainda possivel não se dar conta de que um grande número de brasileiros estava sendo vítima de humilhação e chacota. Quando (sic) o juiz Manoel Maximiliano Junqueira Filho, em julho de 2008, mandou arquivar a queixa-crime apresentada pelo jogador Richaryson contra um cartola que o chamou de homossexual justificando que ele, o juiz, considera o futebol um “jogo viril, varonil, não homossexual ”. Senhor juiz, ser homossexual é um dos inúmeros componentes da personalidade e maneiras de ser – assim como se é branco ou negro, gordo ou magro, com uma profissao X ou Y. Por que o preconceito insite em tomar a parte do todo? Por que um homem que tem talento futebolístico não pode seguir essa profissão, ao preferir sexualmente outros homens? Em que sentido o que eu faço na cama irá interfirir na minha profissão? Que lógica existe nisso? Por que um homem perde sua virilidade se beijar outro homem, se gozar com ele, se der o cú pra ele? Cito Jean Genet, quando dizia que um homem que beija outro homem é homem ao duplo. Com base em que dado real alguém ainda pode pensar que que dar o cú leva a perder a virilidade? Será que o esfíncter que relaxa tem alguma conexão secreta com os músculos da munheca e torna a voz mais aguda? Não há nenhuma lista de caracteríscas obrigatórias que definem a masculinidade.” (...)
Ufa! É um tapa na cara. Quero adiantar que não estou levantando nenhuma bandeira colorida ou seja lá de que cor,nem me atendo a questões meramente sexuais, mas estou DE SACO CHEIO com tanto retrocesso mental e tanta mesquinharia religiosa e alienante espalhada por ai. Até quando vamos fechar o olhos para o fato óbivo de que somos diferentes o que, no entanto, não nos inviabiliza ou superiora diante uns dos outros. Ser crente, católico, macumbeiro ou ateu nada quer dizer quando olhamos de cima. De cima somos todos iguais, mas teimam em nivelarmos por baixo, fixando o olhar no que é ruim como isso fosse a coisa mais importante do mundo.
Ouvía outro dia que o meu Estado se converterá macissa e brevemente a uma determinada religiao. Deus nos livre disso! Se isso acontecer viveremos de novo a Idade das Trevas ou o tempo da Inquisição em que era proibido pensar, cogitar, dizer algo que fosse diferente de quem ditava o que era CERTO e ERRADO, sob pena de morte cruenta.
O preconceito é um tipo de assassinato doloso: ele esmaga pessoas e idéias sem sentir nenhuma compaixão. Eu me assusto com isso, espero que um dia acabe, vou continuar escrevendo sobre e CONTRA ele.
João Silvério Trevisan (Ribeirão Bonito, 23 de junho de 1944) é escritor, jornalista, dramaturgo, tradutor, cineasta e ativista GLBT brasileiro.
EU TAMBÉM SOU PROFESSOR
O quadro negro da educação escolar brasileira
A Revista Veja publicou, na semana passada, uma reportagem a respeito da educação brasileira baseada em pesquisa que encomendou à CNT/Sensus. De modo bem resumido: o resultado aponta que o ensino escolar brasileiro é aprovado por professores, pais e alunos tanto da escola pública quanto da privada.
Qual o problema de tal parecer de todos os envolvidos na questão do ensino escolar? É que o resultado das avaliações das quais o alunado brasileiro participa mostra que o conhecimento que eles têm é de baixo, bem baixo nível, comparado ao de alunos de outros países. Só como exemplo: o Brasil está em 52º lugar em ciências e em 53º em matemática em uma lista de 57 países. Isso quer dizer que os melhores alunos brasileiros ficam nas últimas colocações em tais avaliações.
O que os pais podem fazer para ajudar a melhorar esse quadro? Em primeiro lugar, cobrar da escola que seus filhos freqüentam que esta ensine aos seus alunos - e exija a realização diária - os requisitos necessários ao trabalho intelectual. Atenção, concentração, persistência, esforço são, entre outras características, aspectos importantes do aprendizado. Disciplina para e pelo trabalho é o que deve ocorrer na escola.
Quando entro em uma sala de aula e vejo alunos fazendo lições ou assistindo à aula balançando constantemente a carteira, brincando com o material desnecessário que carrega consigo, sentados de qualquer maneira e conversando freneticamente, constato que a disciplina para o trabalho intelectual não faz parte da exigência dos professores. E isso não se pode esperar que o aluno aprenda em casa porque é na escola que ele se inicia nessa função.
Outra coisa que chama muito minha atenção é que, quando o professor faz alguma pergunta a respeito do que está ensinando e os alunos respondem, os argumentos usados por eles são muitas vezes vazios de sentido, a linguagem é rasa e, mesmo assim, os professores aceitam o que os alunos dizem sem observação alguma.
Por outro lado, os pais precisam de distanciamento da escola para ter uma visão crítica do trabalho que ela realiza. Hoje, o mais comum é que os pais desenvolvam uma afetividade pela escola muito estimulada pela proximidade com os profissionais que lá trabalham, que os alunos aprendam a gostar dos professores e, assim, a submissão aos afetos compromete a visão crítica do que lá acontece.
Precisamos e podemos mudar, mesmo que vagarosamente, esse quadro. As novas gerações brasileiras merecem um ensino melhor, praticado com seriedade e o rigor que o conhecimento exige. A hora de brincar na escola é a hora do recreio. Durante as aulas, é hora de trabalho, trabalho e mais trabalho.
Como eu já disse, as crianças não são de cristal: elas agüentam, sim, aprender e estudar sem que o clima da sala de aula seja parecido com o do recreio.
Por Rosely Sayão em http://blogdaroselysayao.blog.uol.com.br/ em 26 de agosto de 2008
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
A INTERNET E O PODER DA CRÍTICA
Tenho lido muitos blogs, os que hospedo aqui e recomendo e outros que, vez por outra, amigos também blogueiros me indicam. Nessas leituras o que há de mais interessante não são os textos, embora alguns sejam primorosos e significativamente inteligentes, mas os comentários que inúmeros leitores fazem a eles. Isso significa que as pessoas estão aprendendo a criticar!
Durante muito tempo, aceitou-se passivamente tudo o que ocorria na religião, na política, nos meios de comunicação etc. As pessoas não se posiciovam – e aqui digo que não apenas para discordar – frente aos assuntos que mexiam com elas, principalmente os relacionados aos temas anteriormente citados. Agora não: o que se vê é um crescimento visceral de leitores, escritores e, mais importante, de críticos. A internet abriu porta jamais vistas antes no campo das comunicações e na expressão de idéias. Há bem pouco tempo, as noticias caiam na boca do povo e ganhavam expressão na rede. Hoje o caminho é inverso: parte daqui as maiores reflexões sobre os mais diversos assuntos e sobre o mundo que nos cerca. Por isso, às vezes, me detenho a ler mais os comentários, porque eles carregam um tom “subversivo” tão saudável que denota um caminho de desenvolvimento muito interessante para a comunicação, o de sermos participativos.
Espero que esses espaços cresçam e a cada dia as pessoas tenham mais acesso à virtualidade tão real que nos rodeia. Estamos no ano 2000!
Durante muito tempo, aceitou-se passivamente tudo o que ocorria na religião, na política, nos meios de comunicação etc. As pessoas não se posiciovam – e aqui digo que não apenas para discordar – frente aos assuntos que mexiam com elas, principalmente os relacionados aos temas anteriormente citados. Agora não: o que se vê é um crescimento visceral de leitores, escritores e, mais importante, de críticos. A internet abriu porta jamais vistas antes no campo das comunicações e na expressão de idéias. Há bem pouco tempo, as noticias caiam na boca do povo e ganhavam expressão na rede. Hoje o caminho é inverso: parte daqui as maiores reflexões sobre os mais diversos assuntos e sobre o mundo que nos cerca. Por isso, às vezes, me detenho a ler mais os comentários, porque eles carregam um tom “subversivo” tão saudável que denota um caminho de desenvolvimento muito interessante para a comunicação, o de sermos participativos.
Espero que esses espaços cresçam e a cada dia as pessoas tenham mais acesso à virtualidade tão real que nos rodeia. Estamos no ano 2000!
YACONAWAS
Visitem o blog YACONAWAS, grupo de RAP (vou defini-lo assim porque acho que essa é a nossa maior expressão) do qual faço parte. Lá da pra conhecer um pouco da gente, ouvir algumas de nossas músicas, ver agenda de shows, falar conosco... Vale a pena! YACONAWAS: É a cara do ACRE de forma diferente. http://yaconawas.blogspot.com/
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
EU... EU MESMO...
Às vezes, tento não ser tão evidente, ou seja, não falar tanto, não transformar esse blog em algo tão pessoal, embora seja só meu e retrato das minhas reflexões. Mas, não dá! No fundo acho bom que seja assim, afinal um dia vou ler tudo isso e mesmo que não me lembre do que me motivou escrever, pensarei que tudo aqui teve uma causa, um motivo justo. Hoje estou reflexivo, crente até, mas principalmente, em PAZ.
A perda parece ser, na maioria dos casos, sinônimo de caos e desepero, mas tenho aprendido que toda situação díficil é uma oportunidade que a vida me dá pra eu me superar, pra eu aprender, pra eu me tornar melhor e maior. É como diz uma música que gosto de ouvir: A ESPERA NÃO PODE MATAR A ESPERANÇA, MINHAS LÁGRIMAS ELE ENXUGARÁ.".
Paz para todos!
AMIZADE
Sentimento fiel de afeição, simpatia, ou pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou por atração sexual
(Dicionário Aurélio, 3ª edição).
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
OLHAR
“A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz; se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas!”
(Mateus 6:22,23 - tradução de Ferreira de Almeida)
domingo, 4 de janeiro de 2009
SILAS MALAFAIA
Por esses dias, assistí a um vídeo em que esse líder religioso combatia efusivamente a programação da Rede Record (link abaixo). Segundo ele, a emissora de TV não deveria exibir atrações com conteúdos para adultos, com violência, dentre outros. Abaixo do vídeo, algumas pessoas postaram comentários e em um deles se lía que eram sabias as palavras do pastor. Sábias palavras? É o sujo falando do mal lavado: a IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS só está fazendo a mesma coisa que esse Silas Malafaia faz também, isto é, mudar de lado por interesses financeiros. Vejam só: a Record, financiada majoritariamente pelos fiéis da IURD, precisa dar uma resposta à altura do investimento que recebe e para isso vale tudo. Pornografia, homossexualismo e coisas afins - definidas como pelo pastor como desvios pecaminosos - sempre existiram, ver isso na televisão não é uma novidade. E eles estão certos, é isso que o povo quer ver, sempre quiz. Quanto ao Silas, combater o movimento G12 no passado era um negócio interessante. Hoje, o negócio é se juntar aos ricos apóstolos do movimento celular.
Mas o que isso tem a ver com o vídeo? Ao Silas cabe falar sobre o que lhe é interessante. Isso também é sabedoria. Aplaudamos! Mas, dizer que a IURD ou sei lá quem está errado não cabe. Quem ele é? Ele também se move de acordo com as ordens do deus Mamon. A pregação dele deveria ser no sentido de pedir aos fiéis que não contribuam com a disseminação da mentira e do roubo feita por pregadores como ele.
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
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