quinta-feira, 30 de julho de 2009
MADRUGADA
Que se foi sem dizer nada;
Ou quem sabe, da beleza, da lindeza do amanhecer:
Do cantar dos pássaros; do raiar do sol;
Das nuvens esmaecidas, que embrulham sutilmente,
a morada do meu Deus.
Ah! Sei lá! Estudar?Só amanhã!
Pois, exausto hoje estou,
Meu espírito quer é Deus;
Mergulhar em seu amor,
Que mais forte que o cansaço,
Mais suave que meus braços,
Lança fora toda a dor;
Todo o medo;
Toda insônia,
Toda mágoa,
Tudo...
Roubado sutilmente do blog Línguas do Brasil, que agora acompanho. Os textos são primorosos e o autor, uma simpatia. Esse poema é seu primeiro texto, publicado em 1 de abril de 2008. Visite-o!
SEJAMOS IGNORANTES, MAS BURROS NÃO!
quarta-feira, 29 de julho de 2009
ALGUNS PONTOS
Quase nunca eu faço isso, esclarecer pontos mal entendidos dos meus textos. Penso que ler é muito mais do que tentar entender o que autor de um texto quis dizer, é, também, atribuir sentido e por esse segundo e forte motivo que não volto para explicar o que já disse, tanto por que minhas intenções podem ter mudado quanto por que, na maioria das vezes, elas não convergirão no sentido de quem lê, e aí está a maior magia da escrita e da leitura. Mas como, dessa vez, houve muito ruído na comunicação e em resposta ao comentários recebidos no texto anterior, eis alguns pontos de 'claridão':
Primeiro (.): eu conheço bem o significado do termo “Liberdade de expressão”, não o confundo com nada e nem com ninguém, pelo contrário, luto por ele, ainda que silenciosamente, todos os dias aqui nesse espaço e nos outros meio pelos quais eu transito. Ainda que não me fosse garantido por lei, brigaria assim mesmo e faria valer a minha vontade de dizer o que penso e de, enriquecedoramente, ouvir o que pensam os outros. Ter liberdade de expressão, na verdade, é uma via de mão dupla, sobre a qual adoro caminhar.
Segundo (.): A utilização de termos considerados “pobres culturalmente” não pode ser considerado um equívoco ou uma afronta às normas padrões do bom-escrever. Isso por que todo bom jornalista (todo bom escritor) sabe que a fala precedeu a escrita, portanto é natural se apropriar de jargões e ditos populares e utilizá-los em textos escritos com o fim único de torná-lo mais inteligível. Aí esta outra importante característica de um bom texto: ele precisa ser claro e/ou comunicar com objetividade sua mensagem e, para isso, utilizar-se de recursos lingüísticos, estruturais ou semânticos é fundamental. Um bom texto não é aquele cheio de firulas da norma, mas aquele que prende sua atenção até o final, como esse, por exemplo. O texto anterior a este – Quando bicha quer, bicha faz mesmo – gerador desse "impasse compreensivo", além de ser uma releitura de um texto já publicado, não está direcionado a ninguém especificamente e mesmo que estivesse, não há nenhuma obrigação – profissional ou estilística - que me leve a publicar quem o seja. O texto dirige-se a todos, principalmente a mim, por ser fruto da minha reflexão sobre o tema central identificado facilmente após uma leitura atenta. E eu disse l e i t u r a. Se há alguém atingido por meus pensamentos o primeiro sou eu e que bom que é assim!
Terceiro (.): O texto que trata da Expoacre – texto este que não é meu, mas do professor Aldo Nascimento, com quem concordo plenamente – não é um ataque a nada, mas uma declaração verdadeira sobre o que acontece todos os anos em nossa capital. O fato de sermos incoerentes – principalmente com relação a questões ambientais- é aceitável, mas paradoxais, jamais. Ou é Chico ou é o boi. Caso contrário, não seremos coisa alguma e isso ninguém quer, todo mundo que ser alguma coisa.
Ultimo (.): No que tange a elegância, ela não se compra: conheço pessoas paupérrimas financeiramente, mas que têm uma nobreza nata, são superiores sem fazer nem um esforço. Mas, fora isso, que ainda é senso comum, há também a elegância que se aprende, cuja característica principal é posicionar-se de modo condizente àquilo que se aconselha. Concordo que a vida não e cheia de flores, mas, incrivelmente, as mais bonitas têm espinhos em seu caule, e temos que arrancá-los como estou fazendo agora, delicadamente. Isso também é elegância. E (.) final.
P.S: a irônia é sempre boa!
terça-feira, 28 de julho de 2009
QUANDO BICHA QUER, BICHA FAZ MESMO
Há um tempo publiquei um texto sobre esse assunto (clique aqui e leia),mas, na época, não tinha muita noção da verdade da afirmação que dava título ao texto. (Clique ali ou aqui e leia!) Não quero fazer drama com velhos clichês emocionais, mas não posso deixar de me perguntar por que há tanta gente que tem quase tudo e outras que têm tudo mesmo e reclamam, reclamam, fazem da vida uma lamuriosa cina interminável. Desses se pode pensar que são realmente grandes sofredores. Quem não os conhece acha que estão à beira do caos total. Não é isso! Elas já se acostumaram a ter sob si uma platéia de admiradores que se deliciam ao ouvir infinitas declarações de perda e insucesso. O que somos nós senão fruto do que fazemos todo dia? E não aplico aqui nenhuma lei ou princípio religioso. Quando bicha quer, bicha faz mesmo. O bem ou o mal.
Segundo Flávio Gikovate (médico psicoterapeuta, pioneiro na terapia sexual no Brasil), as pessoas mais persistentes acabam indo mais longe do que aquelas que ora querem uma coisa ora querem outra. Não vão mais longe aquelas que reclamam mais, vão mais longe as que diante de uma dificuldade não gastam seu tempo para se lamuriar e praguejar a vida. Como já disse anteriormente (Já leu o outro texto? Última chance aqui), a única coisa da qual depende a realização do nosso querer é a nossa força de vontade, nossa determinação em fazer. No mundo doido que vivemos, não é possível esperar tanto pelos outros, somos nós que temos que tomar a frente das coisas e agir. Acho que uma das boas e importantes lições da vida adulta é essa: faça por você o que só você é capaz de fazer. Paulo, o da Bíblia, diz em uma de suas cartas uma coisa com a qual eu concordo plenamente: "Quando eu era menino, pensava como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino".
Muita gente chega à condição de adulto e continua com as coisas de menino. E não falo da idade (nem Paulo, tampouco). O conhecimento liberta, amadurece e só amadurecemos quando enfrentamos tudo, até a nós mesmos, para crescer e fazer. E só assim, ainda parafraseando Paulo, deixaremos de ver de forma turva ou “como por espelho, em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei plenamente, como também sou plenamente conhecido”.
Com contribuição do blog SAINDO DA MATRIX
domingo, 26 de julho de 2009
EXPOACRE 2009
Ontem, sábado, dia 25 de julho, abriram-se as porteiras da Expo-Acre com a tradicional calvagada. Donos de vastas terras bovinas, fazendeiros com suas famílias ricas e empresários ao galope do lucro exibiram as marcas da pecuária na avenida que leva o nome - que ironia! - Chico Mendes. Por essa avenida, jamais assistiremos ao desfile do seringueiro. Em seu lugar, o pecuarista, o dono da festa, atravessa Chico Mendes com seus cavalos, caminhões, quadriciclos e caminhonetes em nome de uma festa que não é popular, por isso o povo humilde, à margem da avenida, só assiste à opulência daqueles que ostentam poder. Pobre não desfila a cavalo. Quem conhece a Avenida Chico Mendes sabe que se trata de um corredor de bairros periféricos e, justamente através desse corredor, os ricos pavoneiam-se com seus chapéus caros, suas botas de couro, suas calças bem-justas com seus cintos decowboy. O pecuarista é country. Ele não tem nem o linguajar do homem do interior acriano. Nesse momento, à margem da avenida, os pobres do Taquari não desejam justiça social, mas tão-somente o desejo (reprimido) de consumir a moda country. Ricos não só exploram - seduzem.
Quando a Expo-Acre chega a cavalo, lojas de roupa não expõem a moda seringueiro em vitrinas de Rio Branco, mas a moda norte-americanizada do pecuarista country. Seringueiro não tem bens culturais que possam circular em forma de roupa. Seringueiro tem museu, símbolo de sua imobilidade cultural.
Por causa disso - e mais -, não existe a Expo-Acre do seringueiro e, se não existe, o seringueiro não desfila na Avenida Chico Mendes. O seringueiro não tem nada para mostrar, a não ser o seu museu, seu túmulo.
Muitos podem ver a Expo-Acre como uma festa - o deputado Moisés Dinis (PC do B) a viu, por exemplo, como festa popular -, mas eu a vejo com o lugar onde se sepulta um outro mundo rural - o mundo rural do homem caipira, imagem oposta à do homem cowboy.
Em Xapuri, (cidade onde nasceu Chico Mendes, lembrado só quando convem) se o gado se alimenta em reserva extrativista, é porque os ideais de Chico Mendes pastam em uma reserva que leva seu nome. A festa do boi de rodeio não deixa de ser menos nociva do que um gado em uma reserva, porque, por meio dessa festa, sabemos, o pecuarista country não derruba a floresta, é verdade, mas substitui o homem rural caipira pelo homem rural das botas de couro, das calças com cinto e fivela, da música das duplas sertanejas. A Expo-Acre é um processo de aculturação do homem simples do interior, uma forma alegre de se esquecer do caipira.
Extraído do blog do Aldo
DIGO MAIS:
NÃO sou contra a nenhuma manifestação cultural, mas, a Expo-Acre (manifestação cultural?) é uma forma de esquecermos quem realmente somos, esquecer o que, ainda, representa Chico Mendes, esquecer que vivemos no meio da selva que, aos poucos, vai sendo destruída por causa da sede insaciável de alguns pecuaristas. Como diz o blogueiro Acreucho, quando chega essa data mesmo a maioria do peões não sabendo ao menos encilhar o cavalo, "as fantasias saem dos armários, as lojas se enchem de compradores, hávidos por comprar suas indumentárias para participar da festa."
É isso, uma fantasia, uma festa, onde poucos se divertem e muitos, mas muitos mesmo, sofrem.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
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segunda-feira, 20 de julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
DIA DO AMIGO
quarta-feira, 15 de julho de 2009
domingo, 12 de julho de 2009
O MELHOR DA VIOLÊNCIA
Dia menos dia, a bandidagem alcançará a casa da secretária de Segurança Pública, Márcia Regina, que terá oportunidade de exibir a competência de sua "Polícia da Família".
No sábado, dois bandidos tentaram assaltar a casa do diretor do Sistema Público de Comunicação, Jorge Henrique, mas foram surpreendidos pela polícia, que matou um e prendeu outro.
A depender da segurança, melhor esquecer a promessa do governador Binho Marques (PT) de transformar o Acre no melhor lugar para se viver na Amazônia até 2010.
DO BLOG DO ALTINO
O QUE EU POSSO DIZER É:
Roubaram sim: jóias, entre outros e fizeram, durante o assalto, todos de reféns, inclusive esse senhor de olhos verdes que aparece na foto alí em cima.
E digo mais: eles já chegaram à casa da secretária, mas ela não os viu, estava na conferência verborrágica dessa última semana sobre segurança pública em que se falou sobre tudo, menos sobre o óbvio, que nosso Estado trasformou-se numa terra sem lei e que nos tornamos reféns do medo!
Mas, tenhamos um pouco mais de calma, afinal, dia 7 de setembro tudo mudará, assim disse o exmo. governador do Estado.
ACHO QUE AGORA NÃO SERÁ APENAS MAIS UM
Parece todo mundo torcia por isso, só pra ver se alguém faz alguma coisa. Ninguém aguenta mais! Enquanto era o Zé Povinho que sofria, a equipe estadual da segurança pública só discursava, mas como a turma do governo sentindo na pele que não está imunes à onda de assaltos, será que algo vai mudar? É o que se espera!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
OLHA O QUE SAIU NO JORNAL
Binho culpa desenvolvimento pelo aumento da criminalidade do Acre
O "emponderamento" das comunidades foi apontado como uma das alternativas de combate a violência.
"Sempre começamos do marco zero, com o Monteiro e com Marcia tivemos reuniões intermináveis para tratar da segurança pública". Esse foi o tom do discurso do governador Binho Marques na abertura da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública realizada durante todo o dia de hoje, no auditório da FAAO.
Para o governador "não adianta apenas reforçar o uso da força". O Estado do Acre é o terceiro maior do país em população carcerária. Sem esconder o que chamou de agravamento do sistema, Binho disse que o crescimento sócio-econômico e a integração latina americana interferem no sistema de segurança pública.
"Bolívia e Peru são os maiores produtores e consumidores de cocaína do mundo. Essa droga passa pelos nossos corredores. A integração Latina americana interfere em nosso sistema agravado pelo crescimento econômico do Estado", acrescentou o governador. (A culpa é sempre dos outros!)
O emponderamento (O que significa essa palavra? Seria um neologismo?) das comunidades foi apontado como uma das alternativas de combate a violência. No final de seu discurso, Binho garantiu intervenções surpreendentes no sistema até o dia 07 de setembro deste ano. (Até lá, que Deus nos acuda! É pagar pra ver. Quem dá mais?)
Matéria do site AC 24 HORAS
Se bem que acho que as imagens abaixo (1ª: assalto à joalheria - terça-feira, 07/07: proprietário leva tiro na cabeça; 2ª: gangue da marcha-ré "atuando" em Rio Branco) não tem muito a ver com a Bolívia e com o crescimento econômico, não! E não adianta dizer que somos pessimistas, que não amamos o Acre, ou que é intriga da oposição (qual?) que não é mesmo!
OUTRO CHICO
A casa dele foi invadida e destruída, mas a polícia (inexistente) do Acre não avançou nas investigações após um mês.
- Voltei a sentir medo no Acre, assim como sentia quando lutava com Chico Mendes - disse o seringueiro.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
D.R.
Se a pessoa com quem você se relaciona propuser que vocês discutam a relação, não pense duas vezes e, antes de começar a famigerada conversa, termine. Se ele ou ela lhe disser que precisa de um tempo, que precisa olhar mais para si ou, ainda, acha que não sente mais a mesma coisa, ponha logo um ponto final. Relação não se discute, se vive. Quando a gente ama de verdade não há porque perder tempo com momentos infrutíferos como as tão conhecidas D.R. Quando se para para "discutir a relação" é porque ela nem existe mais. Repito: relação não se discute, se vive.
terça-feira, 7 de julho de 2009
MICHAEL JACKSON
Estive em silêncio esse tempo todo esperando por esse dia. Finalmente, o show acabou. Hoje, dia 7 de julho de 2009, encerra-se grande espetáculo que foi a vida de Michael Jackson, e encerra-se de forma apoteótica. Não poderia ser diferente: desde os cinco anos, MJ vem se destacando e brilhando sobre os palcos do mundo e não podíamos esperar outro tipo de cerimônia durante seu funeral.
Michael Joseph Jackson (Gary, 29 de agosto de 1958 — Los Angeles, 25 de junho de 2009) foi um cantor, compositor, ator, dançarino, publicitário, escritor, produtor, poeta, instrumentista, estilista e empresário dos Estados Unidos. Começou a cantar e a dançar aos cinco anos de idade, iniciando-se na carreira profissional aos onze anos como vocalista dos Jackson 5; começou logo depois uma carreira solo em 1971, permanecendo como membro do grupo. Apelidado nos anos seguintes de King of Pop ("rei do pop"), cinco de seus álbuns de estúdio se tornaram os mais vendidos mundialmente de todos os tempos: Off the Wall (1979), Thriller (1982), Bad (1987), Dangerous (1991) e History: Past, Present and Future – Book I (1995). Lançou-se em carreira solo no início da década de 1970, ainda pela Motown, gravadora responsável pelo sucesso do grupo formado por ele e os irmãos. Em idade adulta, gravou o álbum mais vendido da história, Thriller.
E continua vendendo: seus discos ou produtos relacionados sumiram das lojas e Michael já vendeu mais que Lennon e Elvis após suas mortes. E essa é palavra triste de hoje, morte, por que para nós, que vivemos nascemos e vivemos nas décadas de 70, 80 e 90, vimos algo que jamais se repetirá na história da música, isto é, o nascimento de um rei, um rei mundial, um rei para o pop. Nós o vimos nascer, crescer, morrer e - o melhor de tudo - se tornar eterno, por sua arte e exuberância. Registro aqui, minha última homenagen.
Na eternidade, rest in peace.