domingo, 30 de agosto de 2009

AMIGO É COISA PRA SE GUARDAR MESMO. ESTÁ EM EXTINÇÃO

Li num site de notícias policias local seguinte matéria: Pedreiro é esfaqueado por amigo em bar, e me perguntei: Por que não grafaram a palavra amigo entre aspas? A reposta logo me veio à cabeça, após fazer a seguinte reflexão: Amigo, de acordo com o dicionário on line Michaelis, é o mesmo que aliado, concorde ou indivíduo unido a outro por amizade; pessoa que quer bem a outra. Não é isso que vemos hoje. Amigo se tornou algo banal - e não me refiro ao verbete, falo das relações de amizade mesmo!
Hoje, amigos são aqueles que se vêem e falam apenas virtualmente. Os sites de relacionamento (qual?) criaram um novo e, ao meu ver, pseudo conceito de amizade que chega a assustar. Amigos são pessoas que acabam de se conhecer e, por algumas poucas questões de afinidades, tornam-se as mais intimas e achegadas no mundo. Hoje, amigo é aquele que fala com você no MSN de manhã e à noite não te reconhece numa festa. Os amigos de hoje conversam, dão tapinhas cordiais nas nossas costas , falam tudo o que temos vontade de ouvir - nos levando a crer que a vida é uma doce fantasia - trocam com a gente até confidências, e nos matam. Hoje a vida não vale nada. Hoje a amizade não é nada.
Não quero ser saudosista, mas me lembro de um tempo não muito distante em que amigos eram aqueles que falavam a verdade custasse o que custasse (e por isso eram guardados "no lado esquerdo do peito, dentro do coração) sem ficar sabendo depois que foi bloqueado no mensseger ou excluído do Orkut. Isso significa dizer que a relação entre as pessoas era muito mais verdadeira e calorosa.
Dizem que a internete aproximou as pessoas. Nem tanto: ao passo que se fala mais, se ouvem mais mentiras, se diz menos verdades e se criam poucas relações duradouras e estáveis. Na América e mais em nenhum outro lugar se chora por um amigo que parte, afinal posso ter até mil em minha rede. Depois disso, me tornarei o FULANO DE TAL LOTADO, ADD NO PERFIL 2.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

PLANTÃO DO SENADO: A LUCIDEZ TOMA CONTA?

1ª notícia: Oposição abandona Conselho de Ética em protesto à salvação de Sarney e quer mudanças.

2ª notícia: Oposição boicota reunião de Sarney e tenta manter em discussão a crise do Senado.

3ª notícia: Oposição recorrerá ao STF para tentar levar processos contra Sarney a plenário.

(FOLHA ON LINE)

E tem mais, selecionei as que julguei mais importantes nesse momento contubardo da política nacional, que não se encerra agora.

Ao contrário do que disse no texto anterior, os ataques de Lucidez que acomentem alguns senadores tornaram-se mais frequentes. Será a salvação do Senado Federal? Ainda não creio...

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

EUCLIDES NÃO TEM NADA A VER COM ISSO. A LUCIDEZ SIM!

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), trocou farpas nesta segunda-feira com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) no plenário da Casa, depois que o petista lhe cobrou explicações sobre a crise política que atinge a instituição. Sarney discursou no plenário do Senado por mais de meia hora sobre o escritor Euclides da Cunha sem mencionar a crise, mas foi obrigado a falar sobre as denúncias ao ser questionado pelo petista sobre sua declaração de que não pode ser responsabilizado pelas denúncias que atingem a Casa. (UOL)

Gosto de Euclides, mas gosto mais ainda das crises de Lucidez que têm alguns parlamentares. Sei, no entanto, que são crises passageiras, esporádicas, como a que teve o senador Aluízio Mercadante ao se “comprometer” que deixaria o “cargo” de líder da bancada petista, mas voltou atrás depois de receber uma carta do companheiro Lula. Nesse caso, foi a “amizade” que falou mais alto. Num momento em que deveria prevalecer a tal da Lucidez, prevalece o conluio. Lucidez bem que poderia ser uma pandemia, assim como a gripe suína que já matou tanta gente no Brasil e no mundo. Quem sabe, assim, os representantes do povo (Que representantes? Que povo?) em Brasília poderiam ser infectados por ela e o país tomaria outro rumo.

Diz-se que quando há uma grande crise, seja de que tipo for, as mudanças são sempre positivas, para melhor, para o alto e para cima (eita!), mas isso não é regra, não aqui no Brasil. Aqui continuamos andando "à passos de formiga e sem vontade".

Estamos obesos, com tanta pizza e nenhuma atividade física.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

PROVAS DE AMOR

Acabo de te trair
em pensamento:
não deixo você ouvir
o que te traz sofrimento.
Acabo de me trair... O que é que eu estou dizendo?

Se é amor tem
desencontros.
Amar, também,
um contra o outro
e lutar sempre
por esse amor
que morre e reascende melhor

Existem provas de amor.
Provas de amor, apenas.
Provas de amor.
Não existe o amor.
Não existe o amor.
Não existe. O amor não existe
Apenas provas de amor

Acabo de me separar
sem fazer alarde.
Te ligo quando chegar lá
e te escondo a verdade.
Nós vamos nos reconciliar
e você nem sabe!

Se é amor tem
desencontros
Amar, também,
um contra o outro
e lutar sempre
por esse amor
que morre e reascende
e não tem fim

Combinamos destruir, mas

sempre estamos enganados,

vendo-o ressurgir.
É você que eu amo!

TITÃS


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

BREVE POEMA

Posso estar errado
mas prefiro achar que estou certo
por que ninguém sabe o que virá amanhã
e ninguém sabe o que virá depois de mim

Só sei que sigo
e, às vezes ligo, para o que pensam
e para o que dizem
quando saio ao sol com meu guarda chuva estelar

Eu sou antítese, eu sou para e sou doxo
eu sou tanta coisa
que, às vezes, nem sei se cheguei a ser

Certeza, porém, tenho de que sou o que escrevo
me vejo nas muitas páginas que leio
me vejo perdido no que nunca vou deixar de procurar... Sei que este não é o fim.

Por Vítor Farias

terça-feira, 18 de agosto de 2009

POR QUE NÃO TENHO TWITTER?

Me fiz essa pergunta outro dia ao refletir sobre a "febre" que esse troço se tornou. Tenho amigos, também blogueiros, que se renderam à essa nova sensação da rede. E me pergunto: "Por que?" "Por que eu também não crio um negocinho desse pra mim?"
Há que diga que é muuuuito útil, exatamente por ser econômico. Usam o fato de que, por exemplo, notícia com a morte de Michael Jackson conseguiu tamanho alarde graças à sua agilidade e precisão de dados. Ainda assim não me sinto convencido. Pra que ter um diário (diário?) virtual pelo qual, suscintamente, posso contar minhas suscintas mazelas e suscintas alegrias ou fazer suscintos desabafos e suscintas declarações em uma rede social (social?) do que faço ou do que deixo de fazer? A vida virou isso? Será que para cada ação minha deve haver um curto relato publicado na internete? Me perdoem mas, com exceção das duas últimas, não tenho respostas para essas questões. Além de que, dessa vez, preciso ser suscinto e já usei mais de 140 caracteres. Acho que não posso twittar.

A GOL E A GRIPE 'A'

Viajei por esses dias (9 e 15 de agosto) e nos dois voos que fiz pela GOL Linhas Aéreas não se ouviu nada a respeito da pandêmica gripe 'A'. Ainda na sala de embarque escutavam-se algumas orientações sobre procedimentos padrões em caso de suspeita da doença, mas em outras momentos, (principalmente dentro da aeronave) nada, absolutamente nada. O voo que vem para o Acre passa por Porto Velho (RO), Manaus (AM), Belém (PA) e Fortaleza (CE). Este último Estado, o Ceará, segundo o site Revista Central, é o segundo em casos de gripe H1N1 no nordeste. Isso é preocupante! O que assusta mais é que medidas básicas de prevenção não são tomadas pela GOL como, por exemplo, a distribuição se máscaras e informações sobre assepsia frequente das mãos.
Enfim, sinto febre, tenho tosse, dores no corpo, coriza intensa... Os sintomas não demoram a se manifestar: um dia depois de chegar em casa (sábado, 15 de agosto) já comecei a sentir a garganta arranhanho e o corpo pedir cama.
Dizem os especialistas que o vírus Influenza pode resistir até 10 horas em determinadas condições, principalmente em ambientes fechados, frios e úmidos. Os aviões muito se parecem com esse tipo de ambiente, além de transportar todo tipo de gente de todo tipo de lugar.
Vou ao médico, espero não ser nada. Sei que me custou muito escrever esse texto.
Previna-se!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A REVOLUÇÃO E O TEMPO

Hoje, dia 6 de agosto, é feriado em meu Estado do Acre. Comemora-se aqui a Revolução Acriana (termo pelo qual se conhece, no Acre, o processo político-social que levou à incorporação do território desse Estado ao Brasil. O período começa em julho de 1899, quando o território é proclamado estado independente por Luis Gálvez Rodríguez de Arias, e termina em 1903, depois que os brasileiros residentes no local vencem a disputa pela força das armas, comandados por José Plácido de Castro. A Revolução Acriana chegou ao fim com a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903, pelo qual a Bolívia cedeu o território ao Brasil - e o Peru aceitou a divisão de fronteiras - em troca de 2.000.000 Libras esterlinas e da construção da ferrovia Madeira-Mamoré, apelidada "Mad Maria").

Embora seja essa uma data comemorativa, importante para todos nós acrianos, o que me motivou a escrever esse breve texto não foi a Revolução, mas um outro lapso temporal que a internete me fez lembrar. Por ser feriado, pude ficar em casa e acessar a web com mais tranqüilidade e voltei no tempo: percebi como foi bonita e terna a infância dos que nasceram no final da década de 70 ou durante a década de 80. Tudo o que se viu e ouviu nesse tempo foi muito marcante. Tivemos uma infância linda e irreprisável. Digo isso porque nunca mais, depois dessa época, se viu tanto sonho e beleza como nas letras das músicas que tocavam no rádio, nos desenhos que passavam na televisão, nas brincadeiras que se faziam na rua...

Procurando arquivos na rede, “esbarrei” num site que me fez lembrar o quanto éramos felizes e inocentes e como foi possível ser criança, de fato, naquela época. As canções - e quero me deter especificamente nelas - que ouvíamos davam o tom e o sentido exato do que era ser criança num momento em que não havia tanta tecnologia ao nosso redor e tantos mecanismos alienantes como temos agora. Era, realmente, muito especial! Todo criança queria ter o disco mais recente do Balão Mágico ou acordar cedinho para assistir o Xou da Xuxa que tinha como música de abertura "Doce Mel" (quem não lembra?) ou ver as trapalhadas do palhaço Bozo que também cantava. Era mágico! Para os que não tinham medo, é claro, ver o Fofão cantando na televisão era muito divertido e não havia que não quisesse dar uma volta no trem que aparecia toda vez que começava o programa da Mara Maravilha, também ao som de uma música empolgante. E a novela Carrossel? Com aqueles personagnes que eram a nossa cara, representados num ambiente escolar, com todos os seus 'dramas', se é que posso chamar assim, típicos dos pequenos da nossa idade?! Eu me lembro disso como se fosse hoje... Não tinha TV em cores, então imaginava como era a cor da roupa dos personagens e das luzes que enfeitavam cada cenário. Como é bom lembrar essas coisas!

Nossa, disse que o texto seria breve e já escrevi demais. Poderia falar muito sobre isso. Na verdade, sinto que esse texto não termina aqui, pretendo escrever mais sobre esse assunto, mas, por enquanto, deixo a vocês o gostinho doce dessa Belle Époque através desse link, no qual é possível ouvir, lembrar e “baixar” um pouco dessa boa lembrança.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

TUDO IGUAL NA TERRA DA SUSTENTABILIDADE

Estão todos em silêncio, ninguém diz mais nada sobre o assunto. Mas, NÃO é por que mais nem uma casa de mais nenhum assessor do governo foi assaltada que a violência diminuiu em Rio Branco (AC). Se algum jornalista perguntar sobre ela, dirão efusivamente que isso foi no tempo do esquadrão, tempo que não voltará mais de jeito algum.

Ainda que digam que sou pessimista - o que eu não sou mesmo e esse texto é um clamor para que as coisas melhorem de verdade - quero afirmar que as pessoas ainda andam assustadas pelas ruas, receosas pelo que pode lhes acontecer de ruim. Só quem sabe o que é perder, num assalto, por exemplo, algo que custou tanto para conquistar ou teve, de alguma forma, a vida marcada pela força implacável da violência é que sabe como ela é incômoda e covarde.

Após o assalto à casa do diretor do Sistema Público de Comunicação, Jorge Henrique, em que a polícia matou um dos bandidos e prendeu o outro, não se falou mais da situação caótica que vive nossa cidade, outrora tranquila, no tocante à falta de segurança pública. A atual secretária deve ter feito algum curso de oratória por que falar, isso ela sabe muito bem, mas fica evidente em seu discurso o seu despreparo e desconhecimento das questões e/ou estratégias que podem amenizar, para não dizer resolver, o problema.

Ainda não temos novos policiais contratados, ainda não se viu mais viaturas nas ruas, o número de motos roubadas – motos essas que serão fatalmente usadas em outros assaltos – não diminuiu, isto é, nada mudou, tudo continua como antes na “Terra da Sustentabilidade”. E vai permanecer assim até quando? Se você souber, por favor, me responda. Acredito que ainda será muito difícil esperar até 7 de setembro.

A EXPOACRE ACABOU, MAS...


... eis aí os dois lados da História.









Fotos retiradas da internete