domingo, 4 de julho de 2010

COMEMOREMOS, MAS SEM HISTERIA (Leia as linhas vermelhas)

Para contextualizar: O IDEB é a "nota" do ensino básico no país, numa escala que vai de 0 a 10. O MEC (Ministério da Educação) fixou a média 6 como objetivo para o país a ser alcançado até 2021.
O MEC (Ministério da Educação) divulga, nesta segunda-feira (5), as notas do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que mede a qualidade da educação no Brasil. Acre, Ceará e Rondônia são os únicos representantes das regiões Nordeste e Norte entre os Estados que tiveram melhores notas no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) 2009. O índice, que vai de 0 a 10, foi calculado com base nos resultados da Prova Brasil, do SAEB (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e da média de aprovação dos alunos das séries iniciais e finais do ensino fundamental e do ensino médio. A região Sul, por outro lado, é a única que têm todos os Estados entre os dez melhores resultados. Dos Estados da região Sudeste, o Rio de Janeiro só apareceu na lista de séries iniciais do fundamental e na região Centro-Oeste, o Distrito Federal é o único que aparece entre os melhores dos três níveis. Apesar de o índice oferecer um retrato da educação no país, segundo a secretária de educação básica do MEC (Ministério da Educação) Maria do Pilar Lacerda, não é possível comparar o nível de ensino entre um Estado e outro, uma vez que cada um deles apresenta fatores que vão influenciar individualmente na qualidade do ensino, tais como índice de analfabetismo e acesso a escolas. "Ter três Estados do Norte e Nordeste entre os melhores já é um dado interessante: significa que começamos a ganhar fôlego", ressalta. Eu li isso aqui e aqui.
Explicações: Dei esse título à essa postagem porque sei que, com essa informação, virá o governo dizer que temos isso e aquilo e saímos disso e estamos naquilo... Nós não temos! Nós não estamos! Falta muito pra conseguir. Um longo caminho pra chegar lá. Nossos indíces de analfabetismo (incluo aqui os que sabem apenas desenhar o nome e que, falsariamente, são usados para mascarar os indíces) ainda são altos (no Acre e no Brasil todo), nossas escolas não são o que deveriam ser e nossos professores não recebem a formação necessária (principalmente durante a faculdade) para atuar. Esses são apenas alguns dos muitos motivos para não se histerilizar a alegria por saber que melhoramos nessas avaliações. Fico feliz por termos melhorado, mas me espanta que, num país sonhador como o nosso, ainda não tenhamos conseguido realizar nem aquilo que DEVERÍAMOS FAZER, como se comprova no vídeo abaixo:

Um comentário:

Nielsen O. M. Braga disse...

Agora analise comigo, amigo Vítor, e me diga se isso não cheira a picaretagem: o índice sobe, disso não há contestação, mas a que que preço, eu pergunto e, em seguida, já respondo: NIVELANDO POR BAIXO. Tem coisa mais incongruente do que média 5,0 X 2 = 10,0! Pronto está aprovado mais um que nos idos tempos (quando a escola de fato funcionava)não conseguiria média 7,0 ou 8,0... Logo torna-se mais um índice para ser contabilizado (ou seria 'maquiado') pelo Governo Federal tendo a conivência dos Estados neste truque barato do 'você diz que aprendeu e eu digo que o ensino melhorou'... Como professor me sinto ferido de morte cada vez que entro em sala e vejo que não é nada, nada, nada disso! Não suporto mais a hipocrisia lulista...