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APROVADA UNIFICAÇÃO DE FUSOS HORÁRIOS

A unificação da hora em todo o território nacional, com base na hora de Brasília (DF), foi aprovada nesta terça-feira (16) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O projeto de lei (PLS 486/08), de autoria do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), segue para análise da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), em decisão terminativa.

Segundo Arthur Virgílio, a medida irá eliminar diferenças de fuso horário verificadas no Amazonas, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima. Estas regiões têm uma hora a menos em relação à Brasília, que está a três horas de atraso em relação à hora oficial de Greenwich. Ele explicou aos demais senadores que as variações de horário causam os mais variados transtornos.

Obstáculo à maior integração do espaço econômico nacional; prejuízo de grande monta à integração econômica das populações e atividades realizadas na porção mais ocidental da área continental brasileira; deficiente integração dos centros comerciais e industriais de Manaus, Rio Branco, Cuiabá, Campo Grande, Porto Velho e Boa Vista nos negócios realizados nas praças do centro-sul do país e enorme descompasso no ritmo vertiginoso de progresso nas comunicações e nos transportes - discriminou Virgílio.

Ao defender a aprovação do projeto, Virgílio explicou que a hora legal brasileira foi estabelecida a partir de 1914, tendo como base a hora do meridiano de Greenwich. Na época, foi criado, no Brasil, um conjunto de quatro fusos horários, diminuídos de duas, três, quatro ou cinco horas em relação a Greenwich. Ao longo dos anos, as diferenças de horários foram sendo eliminadas, até que, em 2008, a Lei 11.662 eliminou parte do quarto fuso, mantendo somente estes seis estados com horários diferenciados em relação à Brasília.

Ao apresentar parecer favorável ao projeto, o relator, senador Gim Argello (PTB-DF), afirmou que os moradores desses seis estados com diferença de hora em relação à Brasília apoiam a proposta.

- Todos os estados brasileiros afetados por essa diferença estão vibrando, pois este é um problema que os atinge diretamente - afirmou o senador pelo DF.

PUBLICADO ORIGINALMENTE EM PLENÁRIO - A NOTÍCIA AGORA

Meu comentário

Realmente, eu e todas as pessoas com quem converso estamos vibrando. De raiva! Sem consulta popular ou intervenção social os políticos que nós elegemos começaram a decidir livremente, a seu bel prazer, sobre nossa vida, literalmente. O funcionamento do nosso organismo (ou seja, a esculhambação dele) é discutido como se fosse um jogo de marionetes. Para eles, somos como brinquedos. E não é assim! Eles podem nos representar, falar pela gente - isso é legítimo, legal até - desde que nos escutem primeiro, desde que saibam o que queremos ou não! Já propus que nossos legisladores devem procurar o que fazer, mas quero melhorar a proposta: a primeira coisa da lista, prioritariamente, deve ser OUVIR OS ELEITORES.