Hoje, dia 6 de agosto, é feriado em meu Estado do Acre. Comemora-se aqui a Revolução Acriana (termo pelo qual se conhece, no Acre, o processo político-social que levou à incorporação do território desse Estado ao Brasil. O período começa em julho de 1899, quando o território é proclamado estado independente por Luis Gálvez Rodríguez de Arias, e termina em 1903, depois que os brasileiros residentes no local vencem a disputa pela força das armas, comandados por José Plácido de Castro. A Revolução Acriana chegou ao fim com a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903, pelo qual a Bolívia cedeu o território ao Brasil - e o Peru aceitou a divisão de fronteiras - em troca de 2.000.000 Libras esterlinas e da construção da ferrovia Madeira-Mamoré, apelidada "Mad Maria").
Embora seja essa uma data comemorativa, importante para todos nós acrianos, o que me motivou a escrever esse breve texto não foi a Revolução, mas um outro lapso temporal que a internete me fez lembrar. Por ser feriado, pude ficar em casa e acessar a web com mais tranqüilidade e voltei no tempo: percebi como foi bonita e terna a infância dos que nasceram no final da década de 70 ou durante a década de 80. Tudo o que se viu e ouviu nesse tempo foi muito marcante. Tivemos uma infância linda e irreprisável. Digo isso porque nunca mais, depois dessa época, se viu tanto sonho e beleza como nas letras das músicas que tocavam no rádio, nos desenhos que passavam na televisão, nas brincadeiras que se faziam na rua...
Procurando arquivos na rede, “esbarrei” num site que me fez lembrar o quanto éramos felizes e inocentes e como foi possível ser criança, de fato, naquela época. As canções - e quero me deter especificamente nelas - que ouvíamos davam o tom e o sentido exato do que era ser criança num momento em que não havia tanta tecnologia ao nosso redor e tantos mecanismos alienantes como temos agora. Era, realmente, muito especial! Todo criança queria ter o disco mais recente do Balão Mágico ou acordar cedinho para assistir o Xou da Xuxa que tinha como música de abertura "Doce Mel" (quem não lembra?) ou ver as trapalhadas do palhaço Bozo que também cantava. Era mágico! Para os que não tinham medo, é claro, ver o Fofão cantando na televisão era muito divertido e não havia que não quisesse dar uma volta no trem que aparecia toda vez que começava o programa da Mara Maravilha, também ao som de uma música empolgante. E a novela Carrossel? Com aqueles personagnes que eram a nossa cara, representados num ambiente escolar, com todos os seus 'dramas', se é que posso chamar assim, típicos dos pequenos da nossa idade?! Eu me lembro disso como se fosse hoje... Não tinha TV em cores, então imaginava como era a cor da roupa dos personagens e das luzes que enfeitavam cada cenário. Como é bom lembrar essas coisas!
Nossa, disse que o texto seria breve e já escrevi demais. Poderia falar muito sobre isso. Na verdade, sinto que esse texto não termina aqui, pretendo escrever mais sobre esse assunto, mas, por enquanto, deixo a vocês o gostinho doce dessa Belle Époque através desse link, no qual é possível ouvir, lembrar e “baixar” um pouco dessa boa lembrança.
Um comentário:
Me recordo de tudo isso Vitor, e foi tb muito marcante para minha infância...existia magia no ar...diferente de hj!
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