Todos é um pronome indefinido que, segundo sua definição, é aquele que se refere a terceira pessoa do discurso (eles, elas, vocês) de modo impreciso, indeterminado, genérico. Atentem para a última classificação que a gramática atribui a essa palavra – genérico. O uso de “todos”, portanto – embora seja um verbete variável, isto é, tenha masculino e feminino – já indica que estamos nos referindo a um conjunto de coisas, objetos e seres que, necessariamente, não precisam ter seu gênero explicitado. Nos últimos tempos, o que mais se ouve nos discursos políticos, acadêmicos e afins é a expressão “todos e todas” ou o inverso para, na maioria dos casos, cumprimentar o público ou coisa que o valha. Esse vício se espalhou até pelos documentos oficiais. Seria isso excesso de zelo e educação ao falar? NÃO! Com a onda do “politicamente correto” o que se pretende é fingir que não tratamos mais o sexo feminino com acepção. Pura farsa. O uso desse tipo de construção nada mais é que o reforço a uma conduta discriminatória que já dura anos. Assim como o sistema de cotas para negros em universidades, utilizar essa expressão quando se fala apenas confirma o que todos sabemos: o Brasil ainda é um país hipócrita e preconceituoso e apenas as palavras não mudarão isso.
Um comentário:
Eu não acho que isso é uma questão de machismo, senão ... 'espectáculo'. É como o "Senhoras e Senhores", que é típico dizer em feiras ou para anunciar algo importante. Dá emoção ao facto.
Para responder à tua pergunta, falas muito bom o castelhano. :)
Saudações.
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