segunda-feira, 30 de março de 2009

EU SOU O QUE SOU OU O QUE ME FAZEM?


EU ETIQUETA
(CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)

Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, permência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que estar na moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Resumia uma estética.
Hoje, sou costurado,
Sou tecido,
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.

domingo, 29 de março de 2009

RETORNO

Não tenho postado por esses dias por falta de tempo. Mas, volto logo com novas e intrigantes reflexões, debates, comentário... Afinal, há muito o que dizer sobre o que anda acontecendo por aí. Até segunda!

quarta-feira, 25 de março de 2009

QUE ESCOLA É ESSA, MEU DEUS?


Fala – se muito, hoje, em melhoria dos níveis de educação e nos bom desempenho do trabalho das escolas: o Governo, através da mídia, adora mostrar - se muito satisfeito (e isso não é ruim!) com os resultados alcançados, como “nunca houve na historia desse país” (alguém em Brasília costuma muito dizer isso). Mas, que escola tão transformadora é essa que temos no Brasil? Ouço professores, quase em coro, dizendo que já não suportam o pesado fardo que têm que carregar, por conta das inúmeras atribuições que lhe são impostas. Além de “tio”, ele tem que ser pastor, advogado, medico, juiz, psicólogo...
Onde foi parar o TRABALHO fundamental da família no desenvolvimento ético, político e social desses indivíduos em formação chamados de estudantes? Eu, sinceramente, não sei!
A escola assume, como um homem querendo abraçar o mundo com as pernas, vários papéis que não são dela. Uma das principais funções da escola seria ensinar ao aluno que há limites entre o que ele traz de casa e o que vai conseguir produzir dentro do ambiente escola – embora esses dois mundos possam caminhar juntos, desde que bem organizados e tendo sua função definida, sem maiores problemas.
Você deve se perguntar por que estou falando sobre isso neste blog. Respondo: nas postagens anteriores, falei, de modo geral, sobre a juventude. Juventude esta que se perde nos quatro cantos da sala de aula, no caminho para a escola, na volta para casa, ou mesmo, até antes de sair dela. A escola não pode ser arvorar em defender sozinha esses descabidos. Índices bons de verdade só quando a escola voltar a ser escola e a família - seja ela de qualquer modelo – for de fato família. Eu acredito que ainda há tempo. Se nada for feito, não vai adiantar perguntar “Que mundo é esse, meu Deus?”. As coisas precisam estar no seu lugar.

segunda-feira, 23 de março de 2009

TUDO É POSSIVEL


Nesse domingo, dia 22 de março, assisti ao programa TUDO É POSSÍVEL (Rede Record) apresentado por Eliana Dedinhos. Liguei a TV no exato momento em que passava o quadro A escolha certa (a atração, do original Parental Control, é sucesso nos EUA e vários países. Pais que não gostam da cara-metade do filho(a) e acham que poderiam arranjar alguém bem melhor para ele(a) agora terão a chance de escolher novos pretendentes que satisfaçam seus anseios. Diversos candidatos são sabatinados pelos exigentes pais. Destes, somente dois "felizardos" serão escolhidos e cada um deles terá a chance de passar um dia com seu filho (a). Após o encontro, todos se juntam no palco do Tudo é Possível para o momento da decisão). Fiquei surpreso com o ‘’debate’’ entre Eliana e os “pretendentes” à namorado. A qualidade – se é que havia alguma – era sofrível! Falavam sobre o Orkut e as relações "sólidas" que o site comporta, sobre como são os rapazes, do que gostam...Tudo com uma seriedade como se estivessem mudando o mundo. Não agüentei: desliguei a televisão. Antes de escrever esse texto, pensei no que se transformou a juventude de hoje. Não sou tão velho, mas há bem pouco tempo o que se via na televisão para jovens e o que os jovens viam na televisão, nem de longe se compara com a programação alienante que se vê hoje em dia. Não quero dizer que antes a TV só mostrava coisa boa, mas de uns tempos pra cá, tem piorado muito, é um sofrimento estar em casa aos domingos e ter a televisão como única fonte de entretenimento. E os jovens? Quem são esses? Já não é possível reconhece - los. Nem eles mesmos se conhecem. Permeados por uma ignorância e futilidade sem tamanho, sem valor a vida, sem quase nenhum valor. Juntar essas duas coisas – jovens + televisão – na maioria dos casos, da m..., ou seja, dá em BBB, TUDO É POSSÍVEL etc.. De fato, na TV, hoje, tudo é possível. E impossível também.

domingo, 22 de março de 2009

SERVIÇO MILITAR E CIVIL OBRIGATÓRIO


Sempre fui um incentivador do serviço militar obrigatório. Não esta putice que está ai! Serviço Militar Obrigatório de 3 anos e Serviço Civil Obrigatório por 3 anos para as mulheres e para os homens que não são "qualificados" para usarem armas e para os covardes e cagões. Hoje um garoto (a) de 16/17 anos, trocado por merda, sai caro, embora exista um número bem grande de exceções. Somente sabem jogar videogames, beber, fumar merda e falar de sexo. Quem vai ensiná-los a serem homens/mulheres de fato? Os pais? Os pais apanham dos filhos! A escola? Que escola? Todo o cidadão deveria se dedicar três anos de sua vida ao serviço voluntário. Lembro dos imbecis da época do Exército: " - Não vou perder um ano de minha vida" Que vida? Eu gostaria de ver estes mauricinhos e patricinhas nas favelas e nos recantos mais distantes do Brasil ensinando e aprendendo que somos todos iguais e que a situação geográfica, local e financeira não faz ninguém melhor que ninguém. Infelizmente o jovem deve ser disciplinado na porrada por que as mídias dispostas a vender merdas e fezes para lucrar destruíram a sua capacidade de pensar. Tirania? Pode ser, mas eu prefiro ver um cidadão consciente e capacitado a um retardado fazendo pegas e escutando música eletrônica a todo o volume vivendo alienado da realidade. As escolas são um merda (algumas exceções). As universidades são uma merda (raríssimas exceções). O Exército e sua disciplina pode ajudar a salvar varias gerações que já estão perdidas pela putaria dos lideres eleitos. Em dois anos como militar, aprendi muita coisa boa (uma porrada de coisas erradas também,nada é perfeito...)
Serviço Militar e Serviço Civil Obrigatório: Uma utopia, pois a única remuneração seria a sabedoria. Isso não tem preço.

Texto bom escrito por por André Luís Leite Pelótas em: http://viacomica.blogspot.com/ . Vale a pena ler este blog.


quinta-feira, 19 de março de 2009

SE VOCÊ SOUBESSE QUEM VOCÊ É...


Parece que as pessoas se cansaram: elas não querem mais o BBB. Nas ultimas verificações de audiência, observou-se queda vertiginosa se comparado às edições anteriores. De acordo com a FOLHA ON LINE “O primeiro domingo do reality show "BBB 8" registrou apenas 27 pontos de média, 9 pontos a menos que a audiência do primeiro domingo do "Big Brother Brasil 7" (36 pontos de média), em janeiro de 2007, segundo dados consolidados do Ibope. A queda brusca do programa também ocorreu em relação ao share (percentual de televisores sintonizados): 44% do "BBB 8" contra 62% do "BBB 7". Os números confirmam o grande índice de rejeição ao programa, que se tornou alvo de críticas dos internautas --muitos defendem o boicote ao reality show.”. Com relação ao BBB 9, a atração "vai ficar marcada como a edição que menos atraiu atenção do telespectador. Nunca o reality show da Globo registrou médias tão baixas de audiência e marcou tão pouco share (porcentagem de TVs sintonizadas no universo de aparelhos ligados). O programa estreou em 2001 e, desde 2005, a queda de ibope tem sido constante e sistemática” afirma o site tudoagora.com.br"
As fórmulas, agora mal fadadas, do programa encheram o saco do telespectador que prefere programas que tenham animais irracionais como atração do que ver a velha apresentação batida dos dramas humanos, mostrados sempre como novidade retumbante. Salvo pelo aparecimento de novas constituições amorosas – me refiro à relação entre Ana Carolina e Náia, a saber, a jovem imatura e a vovó protetora – o que os shows da realidade mostram não traz nada que colabore para a melhoria da qualidade da TV brasileira. Se nós soubessemos o que somos, isso mudaria. Mas, apenas se...
Mas vejamos o lado bom: está caindo. Falta agora a Globo se cansar de exibi-lo a partir de 2010. Minha critica é inconclusiva. Quero ouvir vocês. Opinem: o que é o BBB pra você?

quarta-feira, 18 de março de 2009

LUTO 3: É O FIM...



É, agora acabou. Diz o ditado, rei posto... Não sei se haverá outro que ocupe seu lugar. Acredito que não. Espero que não...
Havia deliberado, intimamente, que dedicaria três postagens a esse homem feminino chamado Clodovil Hernades. Sei que há quem não entenda essa verdadeira veneração que sinto, não apenas por ele, mas pelo o que ele representava e para esses, digo algo: Faltam, nesse tempo, pessoas de coragem como tinha Clodovil. Repito o que disse anteriormente, não quero canonizá-lo postumamente, nem prestar homenagens hipócritas à quem nunca as verá, mas não posso calar minha emoção, por que o ouvi diversas vezes dizendo coisas que os pais de hoje não dizem mais aos seus filhos, conselhos que os avós se esquecem de dar aos netos, palavras que deveriam ser ditas pelos casais. Eu vi e ouvi tudo isso e levarei para sempre comigo, ninguém apagará. Assim como não há quem apague da memória do povo tudo de bom que Clodovil deixa como legado. Infelizmente ele que tanto falava, morreu calado. Quem terá ouvido sua voz pela última vez?
Ele foi polêmico? Sim, certamente que foi, mas quem nunca polemizou sobre algo? Ou, quem nunca sentiu vontade. Ele fez tudo isso. Finalizo este ultima postagem sobre Clodovil, com uma frase que ele costumava sempre dizer e que eu a tomei como lema de vida:

“Eu não me arrependo do que fiz, mas sim do que não pude fazer”.

A vida é muito curta e nem sempre é possível fazer tudo o que se quer. Eu vou viver o quanto puder e fazer o que mais me faz feliz. Sempre. Vá em paz, amigo de alma!

LUTO 2


Havia dito na postagem anterior, parafraseando um amigo, que o mundo ficara menos inteligente com a perda, que considero prematura, do nobre Clodovil. Não quero aqui canonizá-lo como sempre fazem com todos os que morrem: viram tão bons que os santos do céu se assustam quando eles chegam por lá. Não é isso. Apesar de sempre considerar a forma de agir, muitas vezes equivocada em razão de um transtorno bipolar evidente, é inegável a grandeza de seu legado de cultura, inteligência e beleza. Hoje, dia 18 de março, seu corpo está sendo velado em São Paulo, terra que o acolheu e por vezes o rechaçou, mas que sempre foi palco para suas magníficas criações de moda e estilo e sempre será o berço das boas lembranças que tivermos dele. Como disse Ricardo Feltrin, Secretário de Redação da Folha Online e apresentador do programa OOOPS do portal UOL, “Clodovil foi uma vida de extremos. Muitas vezes, depois de duas ou três frases raivosas, se acalmava novamente e, como mágica, se tornava dócil. Até a próxima combustão”.
E eu o idolatrava! Mesmo de longe, velo seu corpo e sua memória.

terça-feira, 17 de março de 2009

LUTO: O MESTRE MORREU!

Acabo de conversar com um amigo, após ver a fatídica notícia. Esse amigo me disse uma frase com a qual concordo plenamente: "O mundo, hoje, está menos inteligente". Grande verdade! Quem assistiu seu último programa de televisão, sabe muito bem disso...
Há muitos, eu sei, que não simpatizavam com Clodovil, mas não há quem negue que o estilista, apresentador, deputado e homem sábio, tenha marcado gerações com sua inteligência, franqueza e elegância.
VIVA CLODOVIL, para sempre!
Eis aí, em forma de homenagem, frases de Clodovil que marcaram sua tragetória de vida.

Eu entrei [na política] mais para ser garoto propaganda da Câmara do que qualquer outra coisa. Porque não tenho feito nada. Eu vim aqui para trabalhar e não para brincar."
Na Folha, em 2007

"Eu sou do tipo de homem que gosta verdadeiramente de mulher porque eu nunca enfrentei uma mulher."
Na Folha, em 2007

"Da fruta que eu gosto, o Leonardo DiCaprio gosta até do caroço. Sei disso porque boi preto conhece boi preto."
Na revista "Veja", em 2007, sobre a sexualidade do ator Leonardo DiCaprio


"Digo aos senhores que a única coisa de que tenho medo --já me fizeram muito medo aqui, como estrangeiro que sou nesta Casa-- é da expressão 'decoro parlamentar'. Eu não sei o que é decoro, com um barulho destes enquanto um deputado fala. Eu não sei o que é decoro, porque aqui parece um mercado! Nós representamos o país! Não entendo por que há tanto barulho enquanto um orador está falando. Nem na televisão, que é popular, fazem isso."
Primeiro discurso na Câmara dos Deputados, em 2007

"Será que precisamos de gravata ou de seriedade?"
Na Folha, em 2007




Direita ou esquerda? "Erecto"
"É claro que vou precisar de apoio, porque sozinho a gente não consegue nem se masturbar --tem de pensar em alguém."

Na Folha, em 2006



"Você conhece alguém com 70 anos que tenha essas pernas?"
No Guia da Folha, em 2006







"Estava desempregado e não tenho cara de pobre; não conseguiria nem inventar uma. Precisava fazer alguma coisa. Acordei num domingo de manhã, depois de operado de câncer de próstata, e resolvi escrever um espetáculo. Você sabe, o segredo da cura é o bom humor."
No Guia da Folha, em 2006



"Se o Collor tinha aquilo roxo, o meu é cor de rosa-choque."
No site G1, em 2006


"As donas-de-casa me adoram porque sabem que eu vim de baixo. Vivi a história da Cinderela. E pobre gosta mesmo é de luxo."
Na Folha, em 1998















segunda-feira, 16 de março de 2009

Careless Whisper: isso é bom!

Hoje, ao som de Careless Whisper, me peguei a pensar na vida. Você pode pensar que me deixei levar pelo toque melancólico da música, mas, não. Embora a tranqüilidade dela tenha me ajudado a refletir sobre esse novo ano. Nossa! Novo ano?! Como se o réveillon já passou faz tempo?.... Devem ser essas as perguntas que você se faz agora, e eu reafirmo: novo ano, sim.
Dizem, os brasileiros, que o ano só começa pra valer depois do carnaval. Duvido. Só que dessa vez, incrivelmente, as coisas só começaram a acontecer agora. Mudanças no trabalho, na via pessoal, dentro de mim. Eu me sinto hoje como que saindo de uma casca velha, como se estivesse me limpando, me renovando, e isso é muito bom. Não é a primeira vez que acontece e eu sempre gosto. Resolvi registrar esse sentimento agradável aqui pra que possa lembrar-me dele depois e me ver, espero, mais forte, mais adulto.
Hoje li alguns textos que escrevi para esse blog: verifiquei postagens antigas, corrigi pequenos erros que na pressa por querer postar e compartilhar um pensamento acabava deixando passar. Sei que não corrigi todos e isso também é bom, por que poderei voltar a lê-los e corrigi-los dando assim continuidade a esse processo constante de transformaçao.
Como acontece comigo e com você, ter defeitos, penso eu, deve ser visto como oportunidades de melhorar. Sempre que a gente acorda há uma nova chance de refazer algumas coisas que esquecemos ou deixamos de lado e essa é a hora que saímos da casca. Se fossemos perfeitos a vida seria vazia. E como a vida é boa! Curta, mas boa. Parece uma festa com musica dançante e gente de todo tipo. Aproveito cada momento dessa dança, porque como diz a tradução de um trecho da música que citei lá em cima: “Eu deveria ter sido mais cuidadoso... E desperdiçar a oportunidade que tive. Por isso jamais dançarei novamente, como dancei com você...’’. Aproveite também.

A BULA DO HOMEM

Indicações:
Homem é recomendado para mulheres portadoras de SMS (Síndrome da Mulher Sozinha). Homem é eficaz no controle do desânimo, da ansiedade, irritabilidade, mau-humor, insônia, etc.
Posologia e Modo de Usar:
Homem deve ser usado três vezes por semana. Não desaparecendo os sintomas, aumente a dosagem ou procure outro. Homem é apropriado para uso externo ou interno, dependendo danecessidade da mulher.

Precauções:
Mantenha longe do alcance de amigas (vizinhas solitárias, loiras e/ou morenas sorridentes, etc.). Manuseie com cuidado, pois Homem explode sob pressão, principalmente quando associado a álcool etílico. É desaconselhável o uso, imediatamente após as refeições.
Apresentação:
Mini, Max, Super, Mega, Plus ou Super Mega Max Plus (ui!!!).

Conduta na Overdose:
O uso excessivo de Homem pode produzir dores abdominais, entorses,contraturas lombares, assim como ardor na região pélvica. Recomenda-se banho de assento, repouso, e contar vantagem para a melhor amiga!

Efeitos Colaterais:
O uso inadequado de Homem pode acarretar gravidez e acessos de ciúmes. O uso concomitante de produtos da mesma espécie pode causar enjôo e fadiga crônica.

Prazo de Validade:
O número do lote e a data de fabricação encontram-se na cédula de identidade e no cartão de crédito.

Composição:
Água, tecidos orgânicos, ferro e vitaminas do Complexo “P”.

Atenção:

Não contém CIMANCOL. Cuidado!!! Existem no mercado algumas marcas falsificadas, a embalagem é de excelente qualidade, mas quando desembrulhado, verifica-se que não fará efeito nenhum, muito pelo contrário, o efeito é totalmente oposto, ou seja, além de não serem eficazes no tratamento podem agravar os sintomas.

Instruções Para O Perfeito Funcionamento:

1. Ao abrir a embalagem, faça uma cara neutra, não se mostre muito empolgada com o produto. Se ficar muito seguro de si, o Homem não funciona muito bem, vive dando defeito.
2. Guarde em lugar fresco (fedorento não dá) e seguro (pois é frágil).
3. Deixe fora do alcance de amiga.
4. Para ligar, basta uns beijinhos no pescoço pela manhã; paradesligar basta uma noite de sexo, ele dorme como uma pedra e nem dá boa noite (falta de educação é defeito de fábrica).
5. Carregue as baterias três vezes por dia: café, almoço e jantar(Mais que isso provoca pneuzinhos indesejáveis).
6. Em caso de defeito, algumas táticas costumam dar certo: esconda o controle remoto da televisão. Se a falha insistir, corteo futebol com os amigos no final de semana e o chopp. Se o problema persistir, a única maneira é fazer greve de SEXO.


Pra finalizar:
Homem não tem garantia de fábrica e todas as espécies são sujeitas a defeitos. A solução é ir trocando até que se ache o modelo ideal, contudo, recentes pesquisas informam que esse, não foi INVENTADO ainda!!!

sexta-feira, 13 de março de 2009

1000


Hoje olhei para o contador de visitas e vi o número 1000. Nossa: foi o que pensei. Mil visitas! Confesso, fiquei feliz e orgulhoso. Eu sei que, diante de alguns blogs amigos, mil visitas não é nada, mas para mim que em meados de 2008 criei esse espaço sem grandes pretensões e logo o abandonei, resolvendo voltar já quase em 2009, ter 1000 visitas é muito importante. Nesse pouco tempo, muitos passaram por aqui e leram, leram e comentaram, leram e concordaram, leram e discordaram (que é o que eu mais gosto!) ou apenas LERAM, mas contribuíram pra que eu me mantivesse firme nesse afã. Muito obrigado a todos que sempre passam por aqui. Eu vou continuar, espero tê-los sempre ao meu lado. Sigamos!
Assista o vídeo abaixo. Nele, eu estou lendo esse texto. Uma forma de comemorar. rsrs

LAVAGEM CEREBRAL

Reportagem publicada na revista SUPER INTERESSANTE na edição de março. Sei que o texto é extenso, mas a vale a pena ser lido.
Qualquer semelhança com o que vivemos atualmente NÃO é mera coincidência.

LAVAGEM CEREBRAL
Ela é usada por militares, políticos, religiosos e gente querendo sua grana. Saiba como ela funciona e aprenda a blindar sua mente

Em 1974, Patty Heasrt, herdeira de um império de comunicação, morava na Califórnia, cursava faculdade e preparava seu casamento. Até que, numa bela noite, a patricinha foi sequestrada por um grupo paramilitar esquerdista chamado Exército Simbiônes de Libertação e dois meses depois reapareceu, armada com um rifle e uniformizada, assaltando um banco ao lado do bando. Durante um ano e meio, participou de varias ações. (...) Ninguém entendeu nada: o que transformou aquela garota rica de 19 anos em uma guerrilheira urbana? Quando foi capturada pela polícia, Patty explicou: tinha sido submetida a uma lavagem cerebral. Foram 57 dias trancada em um armário, sofrendo maus-tratos físicos e psicológicos. Teve muita gente que duvidou da explicação, achando que se tratava de desculpa esfarrapada. Mas, por outro lado, o que explicaria uma mudança tão radical? Apesar de não existir consenso sobre até que ponto é possível substituir convicções e comportamentos, não faltam estudos sobre o prcesso de LAVAGEM CEREBRAL. (...)
O que se sabe é que nesse processo, seja qual for a estratégia, é essencial o elemento surpresa. Isso porque somos programados para reagir imediatamente a estímulos intensos, ou seja, se alguém quiser provocar novas crenças e comportamentos em alguém, precisa criar situações que exijam reações automáticas, pois nelas o processo consciente é desativado.

NÃO É FORÇA, É JEITO

Existem duas maneiras de deixar o sujeito estressado, frágil, cansado e, consequentemente, mais aberto a novas ideias. A primeira é a lavagem cerebral forçada, alcançada com tortura, privações de sono e jejum. O segundo método, mais comum, é o induzido, em que a vítima é envolvida num “intensivão”. Pessoas que se dizem manipuladas por igreja e cultos religiosos descrevem um programa intenso de atividades, palestras, celebrações e tarefas como distribuir panfletos, limpar o chão, fazer comida. Imersa nessa rotina, que geralmente prevê poucas horas de sono, a vítima fica tão cansada que literalmente não tem tempo para pensar sobre o que está acontecendo. É a mesma técnica, por exemplo, daquele vendedor tagarela que o deixa confuso e faz com que você compre uma coisa de que não precisa, só pra se livrar do chato.
“Quando algo provoca uma reação emocional, o cérebro se mobiliza para lidar com ela, destinando poucos recursos a reflexões”, explica Kathleen Taylor da Universidade Oxford. Por isso que se diz que a idéia é “engatada” à sensação: sempre que aquele assunto vier a tona, a sensação vem a reboque, num processo conhecido como reflexo condicionado.
É o que acontece em um culto daqueles intensos em que a pessoa dança, canta, grita, inunda o corpo de endorfina. Inconscientemente, a sensação de bem-estar passa a ser associada àquela religião. O processo começa leve, quase recreativo, e vai aumentado de intensidade. No fim, o individuo está convertido e dependente. Para quem está observando de fora, parece que essas pessoas estão felizes. Acontece que, na verdade, elas são orientadas a sorrir o tempo todo. A pessoa envolvida com esse tipo de grupo se vê aos poucos dominada por medos paralisantes que chegam ao ponto de impedir que ela questione a situação. Os cultos de controle da mente passam a seus membros a sensação de que, se eles saírem do grupo, coisas horríveis acontecerão. Conquistado, o “cerebralmente lavado” se torna cada vez mais envolvido e dependente. Alem disso, ainda há uma hierarquia rígida à qual o sujeito deve se submeter: são criados modos uniformizados de agir e pensar, desenvolvidos para parecer espontâneos. A vitima é convencida da autoridade absoluta e do caráter especial – as, vezes, sobrenatural – do líder. (...)

MENTE BLINDADA

Para a escritora Kathleen Taylor, a principal arma para evitar manipulações é, basicamente, “parar e pensar nas coisas”. Sem se deixar levar pela afobação, fica fácil resistir tanto ao discurso nacionalista de um político quanto ao papo emocional de um pregador religioso. Outro ponto importante é não subestimar a influência que o meio e a autoridade podem ter sobre nós. A necessidade de ser aceito em um grupo leva muitas vezes ao “efeito – rebanho”, isto é “maria- vai – com – as - outras”. Desenvolver criatividade, pensar sobre a vida, questionar o que é escutado e lido, aprender coisas novas, estudar relações entre assuntos aparentemente não relacionados, tudo isso deixa o cérebro mais resistente à manipulação. (...)
O importante é saber que nossa mente não está pronta e acabada, mas permanentemente em obras. Entender que somos influenciáveis e que nossa identidade é mutante nos torna mais espertos para avaliar uma tentativa de persuasão.

Como já disse Raul: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante...” e o Mestre, de forma muito contundente e atual: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

quarta-feira, 11 de março de 2009

APLAUDIR OU NÃO APLAUDIR? EIS A QUESTÃO


As pessoas só nos aplaudem por dois motivos: o primeiro, por que gostam do que fazemos e não vêem nossos defeitos. O outro é simples, direto e realista: querem nos agradar por que temos algo que lhes interessa. Desses dois tipos eu tenho medo. Tenho medo porque são cegos, ou vêem apenas o que querem ver ou, ainda, e que é pior, vêem o que não deveriam ver.
Eu prefiro os que rasgam as minhas vestes e se desnudam também, no intuito de mostrar a mim mesmo que eu sou e no afã de dizerem quem são. Gosto dos que, honestamente, (e essa é a única condição em que permito isso) põe o dedo na minha cara e dizem: - Você errou! Com esses, sim, está a verdade. Eu gosto dos que têm fome, já disse alguém numa canção. E eu concordo. Se alguém é muito aplaudido, se ouve sempre SIM, se lhe é afagado sempre o EGO, o seu fim será a devassidão, a loucura, a insensatez, certeza infundada e inatingível de querer dominar o mundo com suas verdades proclamadas. Ao que aplaude, seu despojo será reconhecer inevitavelmente a fraqueza do ídolo, a falibilidade do ídolo. Será o fim... Se alguém muito aplaude é porque não consegue pensar por si próprio, discernir, depende da emoção que vem do seu ídolo.
Desconfie de quem muito aplaude; desconfie de quem é muito aplaudido. Atrás desses é possível que não haja nenhuma razão de ser o que são, a não ser o enorme desejo de esconder do que eles não têm, isto é, NADA.
Fim do show!

sábado, 7 de março de 2009

PT RESSUSCITA FERNANDO COLLOR



O que se viu no Senado brasileiro, na semana passada, com a eleição do ex-presidente da República Fernando Collor para a presidência da Comissão de Infraestrutura daquela casa foi a mais pura falta de vergonha. Com apoio do presidente Lula - repita-se, do presidente Lula -, Collor chegou a um cargo para lá de estratégico.
Como presidente da comissão, ele encaminhará a tramitação das ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o projeto com o qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende alavancar a campanha presidencial de sua ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Lidará, portanto, com a liberação de muitas verbas. Muitas. Para usar uma metáfora cândida, é como colocar a raposa para tomar conta do galinheiro.
Mais uma. Collor disputava a posição com a senadora Ideli Salvatti, do PT - aquele partido ao qual, acreditava-se, pertencia Lula, antes que ficasse claro que seu único partido é ele próprio. Os senadores petistas não escondem a mágoa pelo fato de o Palácio do Planalto ter-se empenhado ativamente em favor de Collor, por intermédio do ministro da Coordenação Política, José Múcio Monteiro.
O senador Aloísio Mercadante, com um muxoxo, falou da formação de uma "aliança espúria". Reclamava da composição entre o governo, o PTB de Collor e Múcio e o PMDB de José Sarney e do ínclito Renan Calheiros. Pois é, senador, quem mandou salvar Calheiros, que tinha contas pessoais pagas por uma empreiteira, da cassação em 2007? Depois, convenhamos, o ex-presidente da República, impichado em 1992, é só mais um morto-vivo que o governo federal e seus parlamentares ajudaram a ressuscitar.
A eleição de Collor para a presidência da comissão é desdobramento da eleição de Sarney para a presidência do Senado. No toma-lá-dá-cá que rege a política nacional, Calheiros fez um acordo com o PTB: caso o partido apoiasse Sarney, ganharia a presidência de uma das comissões do Senado. O PTB, ao cobrar a fatura, indicou Collor. Calheiros adorou a idéia e trabalhou - se esse é o termo - com afinco redobrado para que o conterrâneo fosse eleito.
O PMDB tem, agora, a presidência do Senado, da Câmara dos Deputados, um PTB domesticadíssimo - e uma avenida pela frente. Quanto ao PT, só lhe resta sentar num tapete atrás da porta e reclamar baixinho, como naquela música cantada por Elis Regina. A vitória de Collor deixou um travo na garganta das excelências petistas - especialmente na diretamente derrotada Ideli Salvatti. Afinal de contas, ela sempre foi a mais destemida defensora do governo no Senado. Uma verdadeira pitbull do Planalto.

Texto extraído de: http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/pt-ressuscita-fernando-collor-425990.shtml

quinta-feira, 5 de março de 2009

“TODO O REINO DIVIDIDO CONTRA SI MESMO É DEVASTADO” Mt. 12:25


O que pode acontecer a um reino rebelado contra si? É certo que muitos dirão que ele se extinguirá. Mas, e se esse reino for composto, contraditoriamente, por aqueles que mais desejam que ele se expanda, o que acontecerá? Nenhuma relação suporta quando não há interesses comuns entre os pares, isso é óbvio. Mas, por esse tempo tenho visto – e lido – exemplos antagônicos que muito bem ilustram essa narrativa. Nos blogs que hospedo aqui (veja no lado direito), principalmente os religiosos, o que mais encontro são textos de líderes eclesiásticos combatendo outros líderes por conta de suas diferenças dogmáticas. É surpreendente a forma como eles se atacam, se engalfinham e se ameaçam, mais parece competição de vale-tudo, embora virtual. São trocas de ameaças e de busca por espaço que me faz questionar se o que ouvi nos púlpitos das igrejas que já freqüentei é realmente verdade. Mas isso não vem ao caso! O fato é que instituída está a luta campal por quem mais aparece, quem mais diz “verdades”, quem mais amealha ovelhas para o rebanho do Senhor...
Tive um professor de Sociologia que certa vez disse que no meio religioso, em especial o evangélico, caminha - se para uma situação de sincretismo. (Sincretismo: tendência de unificação de idéias ou doutrinas diversificadas e, por vezes, até inconciliáveis). Dizia ele que os donos das igrejas – foi nisso que se tornaram os “PR.” - dirão a mesma coisa, diferenciando – se apenas pelo modo com que vai ser dito ou proclamado o discurso. O professor estava certo: se assistirmos alguns programas religiosos desses tele - pregadores – de quem até Sílvio Santos tem medo pelo modo carismático como manipulam o auditório – veremos que, em termos gerais, o discurso é o mesmo: humanismo exacerbado, vitória sem fim, tudo isso, regado a promessas mirabolantes e amuletos sagrados que protegem e espantam o mau de quem os possui. O mais interessante é que estão conseguindo: as últimas pesquisas de senso mostram que o crescimento gospel tem sido impressionante; nunca se viu, como diria o presidente Lula, na história desse país uma procura tão grande por templos evangélicos e, por conseqüência, pela busca da benção. É um comércio louco e vence quem tem o melhor merchan. Mas, voltemos ao assunto principal: por que estariam eles querendo se devorar agora? Ora, outra característica de mercado: Os peixes grandes devoram os pequenos. O marxismo dizia que, ao final, das batalhas da concorrência surgiriam umas poucas empresas gigantescas, capazes de controlar quase toda a vida econômica e ditar, a seu bel-prazer, os preços e os salários. Enfim, a profecia se cumpre!
Talvez, haja muita discordância no que estou dizendo aqui com o que pensam alguns líderes religiosos, mas considere isso: acredito que existem homens sérios que ensinam coisas boas e corretas, mas o que mais se vê são os que querem lucrar com a fé de pobres e desprovidos, gente essa que não tem como se defender de quem tem o dom da "revelação da palavra".
No entanto, esperemos, ainda tem muita coisa para acontecer, o mercado gospel ainda dá o seus primeiros passos. A luta armada entre eles ainda virá, assistamos de camarote. Eu torço para que não morra ninguém...

quarta-feira, 4 de março de 2009

A verdade de alguns e a verdade de outros



O que me garante afirmar que o que digo e penso é verdade? A resposta é NADA! Salvo apenas pelas experiências que tenho e que sustentam minha posição a respeito de determinado assunto, nada pode tornar – me (como a ninguém pode) detentor da VERDADE ABSOLUTA e INCONTESTÁVEL, mesmo que o que digo esteja baseado no que acredito e que julgue também como certo.
Isso, no entanto, não é motivo de desespero, ou razão para deixar de acreditar nos outros, na vida ou em mim mesmo. A questão é que cada um carrega sobre si o peso da sua própria “verdade”. Por exemplo: senhores engravatados (não falo apenas de políticos, falo também de pastores, juízes, burocratas), de sentados diante do seu computador, refrescados por um condicionador de ar e com um galão de água mineral num refrigerador jamais entenderão o sofrimento de pessoas que vivem nos rincões do Brasil e que sofrem pela falta d’água em seus municípios. Assim é por que essa é a verdade desse povo. Imaginar que há pessoas que nunca tomaram um banho de chuveiro, como noticiou o FANTÁSTICO do último domingo, dia 01 de março – e não é o fato em si, mas o que o causa – para mim, é inconcebível. Parece ser simples, mas não é!
É fácil emitir opinião (que, na maioria dos casos, é apenas falácia) quando não se conhece a dor que o OUTRO sente. E ai está outra palavrinha que nos acostumamos a desprezar, o OUTRO. O que será que ele tem a dizer? O que ele sente? Qual sua verdade? Culpam a correria das cidades grandes pelo fato de não ser mais possível parar para saber o que sente o vizinho do lado, ou qual seria sua opinião a respeito desse ou daquele assunto. Mas, penso que não é por isso: o mau que a contemporaneidade nos trouxe com mais vigor foi de achar que, porque sabemos muito sobre algo isso nos confere o direito de impor esse conhecimento como verdade absoluta. E a verdade do outro? E a vivência que ele tem? O conhecimento que ele possui? A minha verdade não é a verdade do outro. Essa sim é a VERDADE! Eu tenho visto, nesses tempos, o retorno implacável da força da intolerância, motivado pela cegueira de convicções pessoais e egoístas ou por ignorância de fatos que apenas o OUTRO pode valorar. Diante disso, reproduzo aqui a fala da Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff – por quem não tem tenho simpatia, mas que me emocionou nessa situação: durante uma CPI para a qual foi convocada, o senador José Agripino Maia (DEM/RN) sugeriu que, por ter mentido no período em que esteve presa durante a ditadura, também poderia estar mentindo sobre o vazamento de dados que formaram o dossiê sobre os gastos de FHC. Ela respondeu: “Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega os seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido na tortura, senador.” Essa era a verdade dela, foi a vida dela!


E a minha? E a sua?