terça-feira, 29 de dezembro de 2009
EU SOU UM IDIOTA?
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
NATAL
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
LÍDERES EVANGÉLICOS NA TV
É interessante verificar como os evangélicos hoje se colocam de maneira diferente à frente de seus horários na televisão.
Silas Malafaia, por exemplo, sempre se mostra o mais seguro e convincente de todos, enquanto RR Soares canta e prega para dar o tom da conversa com seus seguidores.
Mas não para por aí, embora se torne impossível discorrer sobre todos.
Os pastores e bispos da Igreja Universal, na Record ou fora dela, nunca mudaram a sua maneira de se apresentar. Camisa e gravata, sem paletó, e todos praticamente usando a mesma entonação ao falar.
Mas com uma importante diferença em relação ao passado: hoje estão mais elegantes, penteados e barbeados, e por certo usando algum perfume de marca. Percebe-se que há toda uma produção por trás. Cenários bem cuidados e a visível intenção de atingir as classes mais favorecidas.
Um trabalho diferente, por sinal, do que é realizado pelo ascendente Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, que prefere aparecer mais próximo de seus seguidores. Camisa branca sempre suada, toalha no pescoço, e não raramente é flagrado abraçando os que procuram suas palavras e seus milagres.
Aliás, algo que Edir Macedo fazia no passado, e Santiago, um de seus antigos seguidores, nos dias atuais, faz melhor do que ninguém.
É interessante verificar o que existe de diferente ou de coincidente entre eles para se comunicar ou atrair seus seguidores.
Por Flávio Rico
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
CARRINHOS DE BRINQUEDO PARA ADULTOS
Me chamem de pessimista, podem chamar! Mesmo assim não vou deixar de achar que isso aí é um absurdo. Onde esses policiais militares vão andar com isso? Na praça? No calçadão do Mercado? Na Gameleira? Essa nossa (opa, nossa não, dos petralhas que estão mandando aqui hoje) volúpia de querer ser o primeiro e poder institucionalizar aqui a máxima ridícula do presidente Lula que diz que "Nunca na história desse...". Pois é, usemos então: Nunca na história desse Estado viu-se tanto amadorismo e falta de bom senso na administração pública. Me digam o que é isso? E em que outro lugar do Brasil usam esse negócio com eficiência? A foto é do site do governo.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
REFORMA POLÍTICA? JÁ PASSOU DA HORA!
Ouço falar em reforma antes mesmo do escândalo do mensalão (Esquema de compra de votos de parlamentares) noticiado pela imprensa entre 2005 e 2oo6. Quando passa a febre que esse tipo de notícia provoca, todo mundo esquece e tudo fica por isso mesmo. À propósito, se colocarmos o nome "mensalão" no Google Imagens logo aparecem caras conhecidas, velhos personagens que ainda andam por aí assombrando não só o imaginário da política como a realidade também. Na edição do dia 30 de novembro do Jornal da Globo, o jornalista Willian Wack disse que “Brasília (e eu estendo isso à todo o Brasil) é uma cidade acostumada a escândalos de corrupção, à cara de pau dos envolvidos, acostumada ao fato de que muitos escapam impunes, acostumada à repetição de casos.” É verdade! O povo já se acostumou com isso, mas, mesmo assim é difícil ver nossas "excelências" escondendo - por falta de pasta, é claro - pacotes e mais pacotes de dinheiro escuso e sem destinação clara em bolsos de paletós, em enormes bolsas, na cueca, nas meias... Acabou o pudor. Depois de tudo isso, eles ainda oram! Que país é esse? Que deus é esse? Há quem diga que deus nada tem a ver com isso eu também acho que não tem mesmo, mas meteram-no no negócio e da Caixa de Pandora agora sai de tudo, de divindades a imagens de propina deslavada.
Reforma política? Já passou da hora! Não há mais o que reformar. Essa velha casa merece mesmo é uma implosão e depois uma discussão muito séria e minuciosa sobre se deve ou não ser reconstruída.
O RIO É A CARA DO BRASIL
Se não conseguir ver o vídeo, leia o texto.
“Qual é mermão? Esse negócio de ordem é para otário. Malandro não bobeia. Os homens vem, a gente salta de banda”. É foi assim desde os tempos da colônia. Sou carioca e sei o que digo.
O grande barato do Rio sempre foi enganar o rei, a lei, a prefeitura e não falo do povo não é um hábito cultural antigo, tudo esta na ginga. Muito carioca acha que desordem é prova de esperteza e liberdade.
Ex-capital federal nesta cidade dependente do estado, se criou este espírito bailarino. Enquanto São Paulo cresceu capitalista o Rio teve a tradição burocrática.
São Paulo é “empresa”, Rio é “emprego”. “Descolei uma parada legal, empregaço, nem precisa ir lá”. Isso sempre foi louvado como charme, mas agora com 700 favelas e a multinacional do pó derrubando helicópteros, a desordem ficou vergonhosa demais.
A prefeitura esta certa no choque de ordem, mas o problema é que a desordem não esta nas ruas. Esta dentro das cabeças também depois de séculos de malandragem.
O sentido de respeito a lei é ainda muito ralo no Rio. Sem contar os maus exemplos da política. “É isso ai mermão. Se o Senado além de seus vexames ainda esculacha o Supremo Tribunal tu quer o que? Em terra de sapo mosquito não da rasante! Falou?”.
Em GLOBO.COM
domingo, 29 de novembro de 2009
SOBRINHO DO SENADOR TIÃO VIANA AGRIDE MÉDICO EM FRENTE AO PRONTO SOCORRO DE RIO BRANCO (AC)
O médico residente Diego Viana, 26, agrediu nesta terça-feira, 24, o médico Augusto Júlio Muñoz, 61, em frente ao Pronto Socorro de Rio Branco.
O agressor é sobrinho do ex-governador Jorge Viana e do senador Tião Viana (PT). A vítima, de nacionalidade peruana, vive há 17 anos no Brasil.
O caso começou no estacionamento quando Diego Viana quase teria atropelado Augusto Júlio Muñoz involuntariamente. Viana teria sido ofendido por Muñoz e revidado com um murro e chutes.
Ambos registraram queixa na Delegacia de Flagrantes, apresentaram suas versões à imprensa e fizeram exame de corpo delito. Muñoz pretende mover representação no Conselho de Ética do Conselho Regional de Medicina contra Viana.
Leia mais sobre o caso aqui, aqui, aqui e aqui.
O agressor que deixou o médico Júlio Muñoz está - dizem - sendo preparado para a carreira política. Em se tratando da política brasileira, está no caminho certo.
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
CLASSIFIQUE
terça-feira, 17 de novembro de 2009
ONDE ESTÁ A DILMA?
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
MAIS UMA PRA UFAC
Segundo o repórter J.M. Rosas de Souza, do site AC 24 HORAS, Vestibular da Ufac é anticomunista e anti-Lula. Diz a matéria:
A prova de Português do Vestibular 2010 da Ufac privilegiou dois textos extraídos da Revista Veja notadamente anticomunista e anti-Lula. Dois exemplares do ódio da revista contra a "Ilha de Fidel Castro" e contra o presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Um dos textos afirma que os jornais cubanos estão substituindo o papel higiênico, sendo que um deles é mais valoroso porque é macio e absorvente.
O outro artigo lembra que Lula e os senadores José Sarney e Fernando Collor hoje comungam da mesma fé, mas que já foram inimigos ferrenhos. Ao final de ambos os textos, os candidatos são obrigados a assinalar uma resposta correta quando, na verdade, são apenas opiniões dos autores da prova. O candidato não tem opção, a não ser cravar em algum palpite.
Gostei de como termina a matéria: toba, que é o mesmo que... Ok, vocês sabem.
VESTIBULAR DA UFAC 2010: TODO ANO É A MESMA COISA
Candidatos vão ao MPF pedir anulação do Vestibular
Candidatos reclamam que, mesmo chegando no horário, foram impedidos de fazer a prova. Reitora da Ufac garante Copeve cumpriu o que estava no edital
Mais de 30 candidatos afirmaram que irão ao Ministério Público Federal (MPF), nesta segunda-feira, 9, para pedir a anulação dos Vestibular 2010 da Universidade Federal do Acre (UFAC). Eles afirmam que foram impedidos de fazer as provas, mesmo chegando antes do horário previsto para o início do concurso. (AGAZETA.NET)
MEU COMENTÁRIO
Já fiz o vestibular da UFAC por duas vezes, nas duas fui aprovado porque, além de ter estudado para isso, me precavi de situações embaraçosas como, por exemplo não chegar na hora marcada no edital. Se a prova aconteceria às 9 da manha e havia um horário previsto para abertura e fechamento dos portões dos locais onde seriam realizadas as provas, que se respeitasse esse tempo! Sendo mais claro, os atrasados deveriam ter ido pra cama mais cedo, procurado um meio de transporte eficiente mais cedo e, mesmo com chuva, tentado de alguma forma (e elas existem) se proteger e chegar pontualmente. Não se prepara para fazer uma importante avaliação como essa no dia em que ela vai acontecer. Embora imprevistos aconteçam, todas as situações citadas pelos que se julgam prejudicados, seriam facilmente evitadas tomando atitudes simples como as que citei e que se resumem numa única palavra: organização. É fácil responsabilizar as instituições quando a culpa não é delas. Difícil é aceitar e/ou admitir o próprio erro.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
This Is It: o sorriso de adeus de Michael Jackson
Que grande show teria sido!
Mais que grande – provavelmente o maior comeback desde Elvis em 1969, e com certeza um espetáculo para empurrar de vez os limites do que se pode fazer no palco, na arena do mega-pop. Não direi o que tem lá, o que teríamos visto – não quero estragar a peculiar alegria de quem ainda vai ver o filme.
E esta certeza é apenas uma das tristezas, doces e amargas ao mesmo tempo, que passam pela alma durante os 111 minutos de This Is It, o documentário que Kenny Ortega, diretor do que viria a ser a volta de Michael Jackson aos palcos, costurou a partir do material gravado durante os ensaios. No Chinese Theater de Hollywood– uma das duas estréias simultâneas do filme aqui em Los Angeles- muita gente graúda chorava sem se incomodar em disfarçar. E cada número musical era saudado com aplausos, como se todos nós estivéssemos lá no Staples Center.
As muitas outras tristezas incluem a sensação de perda irremediável, a certeza de que jamais veremos o fruto dos esforços de MJ, Ortega e um brilhante elenco de músicos, dançarinos, diretores de arte, figurinistas, iluminadores, designers de efeitos digitais, físicos e pirotécnicos, o ponto final num possível diálogo com um dos artistas pop mais extraordinários do século 20. Quem por acaso ainda duvidasse do imenso talento que se ocultava naquela vida atribulada, contorcida, muitas vezes estranha como um freakshow mudará de opinião ao ver This is It. Com a completa naturalidade de quem viveu num palco durante a maior parte de seus 50 anos. MJ controla todos os aspectos do espetáculo, cria , corrige e altera o curso de cada número enquanto está embrenhando em sua execução, ouve cada timbre, nota quando baixo e teclados não estão “funk o bastante”, pede que um riff seja tocado “como se você estivesse saindo da cama”, mostra aos dançarinos cada posição no palco, sussurra para a guitarrista “agora é seu momento de brilhar”, dispensa um aviso porque “eu sinto quando as luzes mudam atrás de mim” e num de seus únicos momentos de irritação, pede que "The Way You Make Me Feel" seja tocado “como eu escrevi”. E embora esteja sempre dizendo que está “se poupando” em voz e corpo, frequentemente se deixa levar pela magia do momento, e atua como se fosse para valer, arrancando aplausos delirantes da equipe, diminuta platéia no Staples. “Não façam isso comigo”, ele repreende, com um sorriso. “Eu vou embora e esqueço que tenho que poupar minha voz.A grande ironia, é claro, é que se Michael estivesse vivo provavelmente não veríamos esta inesperada janela sobre sua alma criativa. O material que compõe o documentário foi feito para sua coleção particular e não para exibição pública, mais um recurso para seu processo de trabalho e não um produto acabado. Ele não gostaria que estivéssemos vendo seus rascunhos – mas para nós, que não temos mais o privilégio de sua companhia, que doloroso prazer ter ao menos esse esboço do que poderia ter sido. E ficar com a lembrança de seu breve sorriso, tão parecido com o do gato de Alice no País das Maravilhas, por um pequeno momento quando as luzes já estão se apagando ao final de “Human Nature.”
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
E DERRUBARAM UM HELICÓPTERO NO RIO DE 2016
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, admitiu neste domingo em entrevista coletiva que a intervenção da polícia no morro dos Macacos no último sábado foi às pressas. Ele disse que a "polícia trabalha de forma sistemática", mas teve que entrar em ação em razão da gravidade dos acontecimentos.
Ontem (sábado, 17) traficantes derrubaram um helicóptero da PM a tiros, causando a morte de dois policiais. Portal R7
O Brasil será sede de importantes eventos esportivos, em breve. E o Rio de Janeiro, cidade do tráfico (perdoem-me a franqueza), foi palco, de um show de horror. E os governos federal e estadual gastarão milhões de reis com a infra-estrutura da cidade.
Embora pareça óbvio o que vou perguntar, quero saber quanto será investido em segurança durante os anos que antecedem os eventos? Não me refiro a paliativos, me refiro a solução! O mundo todo viu as cenas de barbárie que marcaram a vida dos cariocas.
E agora?
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
DIA DOS PROFESSORES
Não foi na primeira vez que entrei numa sala de aula que fiquei emocionado, mas quando sai. Percebi que depois de anos, tudo o que estava dentro apenas da minha cabeça tinha se concretizado e eu estava ali, pronto, mestre. Era, enfim, professor.
Eu sei dos desafios dessa profissão, sei que não é fácil educar na escola e que nela, na escola, tratavam-se batalhas da nossa vida, no entanto, sempre concluo que são lutas das quais sempre saímos vencedores, de um modo ou de outro.
Feliz dia do professor. Feliz dia para todos nós!
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
MATARAM MAIS UM BRASILEIRO NA BOLÍVIA
Segundo o jornal El Deber de Santa Cruz, o crime aconteceu na noite de segunda-feira quando duas estudantes estrangeiras do curso de odontologia foram atacadas por desconhecidos nas proximidades da Universidade Udabol.
As estudantes foram assaltadas, e uma teria reagido ao assalto quando foi atingida com dois tiros e o corpo arrastado para uma camionete Toyota Runner de cor prata.
Testemunhas contaram que minutos depois os criminosos retornaram e ameaçaram as testemunhas afirmando que se fossem identificados por alguém retornariam para matar a todos.
A vítima ainda não foi identificada e a Polícia boliviana trabalha com muito sigilo no caso. Não foi informado de qual cidade brasileira é a estudante. A onda de violência e morte de estudantes brasileiros em território boliviano deixou a comunidade brasileira em clima de terror.
No último dia 06, o estudante acreano Jefferson Benedito Paro dos Santos, 28 anos, foi executado a tiros de pistola em frente à Universidade Ucebol em Santa Cruz de Lá Sierra.
A morte brutal de Jeferson fez com que dezenas de estudantes brasileiros e principalmente acreanos abandonassem a faculdade e retornassem para o Brasil temendo serem as próximas vítimas de grupos formados na maioria por bolivianos com alguns membros brasileiros que aterrorizam as comunidades de estudantes brasileiros naquele país.
ALGUÉM VAI FAZER ALGUMA COISA?
ESSA É A DE HOJE
CHIQUERESSÍMOS
Meu word quase teve um troço quando pus nele o texto abaixo - em vermelho - para edição desta postagem. Não o editei. Publiquei do jeito que estava no original para todo mundo entender. Por favor, leia:
"Gente é simplesmente chiqueressímos os arranjos florais confeccionada pela design floral Stela Siqueira. Os arranjos são verdadeiras obras de arte. Essa é a razão que a empresária está sendo super requisitada por todos aqueles que admira o belo e o requinte. A dica é seguinte quando for receber em casa, ambiente de trabalho alto estilo ou presentear alguém muito querido é só ligar para 9984-XXXX."
O número de celular existe. Mas, o adjetivo chiqueressímos não, embora tenha sido escrito e publicado assim no jornal acriano Página 20 por um... colunista social. Ah, tá! Além disso, alguém pode me dizer o que é uma “design floral”? Será um surto neológico desses que acometem as pessoas que têm muito contato com a moda tecnológica? O que chama atenção também são "aqueles que admira" (sic) esse tipo de coisa.
Só mais uma dúvida: a design floral não é a mesma que trabalha (trabalha?) como Assessora Especial do Gabinete da Presidencia do Tribunal de Justiçca do Acre. Eu acho que o trabalho (trabalho?) lá é tanto que designiar (É assim que se escreve, colunista?) flores deve ser uma terapia ocupacional. Leia mais sobre isso aqui.
Em tempo: O colunista é o mesmo que mudou o sobrenome do escritor português, nobel de literatura, José Saramago para José Salamargo. Ele disse que foi um errinho de grafia, passou despercebido pelo corretor. E tem, é? Tá bom, então.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
MERCEDES SOSA
NÃO SOMOS A SEDE, TEMOS A SEDE
Acho que nem quando foram eleitos (ou reeleitos) os políticos brasileiros que participaram da cerimônia que escolheu o Brasil, mais especificamente o Rio de Janeiro, como sede das Olimpíadas de 2016, pularam tanto, gritaram tanto, choraram tanto. Os brasileiros comuns também pularam, também celebraram essa vitória. Isso tudo é muito bom! Mas, e daí? O que será feito agora e depois? Quando me refiro ao "agora" falo do tempo que temos até o evento. Quando trato do "depois" me reporto ao que terá acontecido ao país depois dele e o que acontecerá com todo o dinheiro do povo gasto para sua realização. Voltará para o povo em forma de algum benefício?
Não quero engrossar o coro de pessimistas que afirmam que o Brasil não pode fazer isso ou aquilo; eu acredito que pode sim e que essa é uma ótima oportunidade para mostrar que somos grandes, não apenas em termos territoriais, mas em outras questões que, às vezes, nem nós conhecemos.
O Brasil está com sorte. No entanto, quero refletir sobre o que me disse um amigo e com quem eu concordo: "O Brasil vai parar para o Rio creSCER!" Explico: Todas as outras cidades do mundo, principalmente as que não possuíam infra-estrutura para receber um evento como as Olimpíadas, investiram (gastaram!) muito dinheiro na construção de pontes, viadutos, prédios, mas isso foi feito exclusivamente nessas cidades. Embora o país todo se mobilize, quem sempre sai ganhando é quem sedia: melhoria dos transportes públicos, avanços em moradia e segurança pública, entre outras. Tudo é concentrado. E como já conhecemos a fama do Brasil, essa história pode se repetir por aqui. Ver o Rio de Janeiro, que já é uma cidade muito bonita e desenvolvida - mesmo tendo seus problemas - receber investimentos na casa dos milhões (estou sendo simplório!) não é ruim, mas o que será do interior do Brasil que, esquece-se o presidente Lula, também já perdeu muito nos últimos anos por conta, principalmente, do esquecimento dos seus líderes? E como tudo que se faz por essas bandas verde e amarela é eivado de politicagem barata e, muitas vezes, inconsequente, o que nos resta é torcer (pelo Brasil que a TV não vai mostrar), que algumas medalhas cheguem, de fato, às nossas mãos. Somos a sede, ou melhor, temos a sede. E daí? Que venha 2016. Que venha inteligência também... para gastar direito...
terça-feira, 29 de setembro de 2009
RELIGIÃO E POLÍTICA - O TEXTO
Sei que este texto é extenso, mas não seria possível reduzir esse assunto à poucos versos. Leia, pense e comente. Vale a pena!
A violência está presente em nosso cotidiano – inclusive assumindo formas dissimuladas. Ela reina na periferia das grandes cidades, envoltas numa guerra civil diária não assumida pelas autoridades; ela é prevista e legitimada no poder político, isto é, constitui uma das funções do Estado, mesmo o democrático. Qual Estado pode abrir mão do recurso da coerção e de todos os meios necessários para forçar os cidadãos a obedecer a ordem dominante?
Tudo isso parece não existir para determinados indivíduos que vivem no mundo das nuvens e reduzem as contradições sociais à eterna luta do bem contra o mal. Como que num transe coletivo, mas que paradoxalmente objetiva a salvação individual, estes guardiões da moral e dos bons costumes adotam uma postura apolítica e voltam-se para o intimismo. São profetas bem intencionados que constroem a cidade de Deus, isto é, cuidam das suas almas. As questões sociais que assolam este país passam ao largo. Sobram discursos que garantem audiência e, por trás da histeria coletiva e individual, cada um busca sua própria salvação, ainda que afirmem amar ao próximo! Eles se aglomeram e oram, mas se limitam ao individualismo egoístico espiritualizante.
Ledo engano! A individualização das soluções para problemas terrenos, sociais, econômicos e políticos, deslocados para um plano transcendental e intimista também cumpre um papel político: alivia a pressão e funciona como uma espécie de anestesia coletiva. Afinal, este intimismo religioso não questiona a realidade social desigual e desumana, nem inquire sobre os responsáveis por tal situação. Induz ao conformismo! Que se entregue à divindade o bônus e o ônus! Ele assim o quis, assim o será! Que as coisas permanecem como estão; a nossa recompensa está no além. Essa mensagem de resignação é mais antiga do que parece. [4] Ontem como hoje, os poderosos agradecem a tais profetas.
Eis como a religião no mundo atual adentra na política: afastando-se desta ou procurando instrumentalizá-la em nome de uma moral fundamentalista. Esta postura individualista e/ou conservadora é a resposta aos que vêem na religião uma força que deve se aliar à política para construir o reino de Deus aqui na terra, mas numa perspectiva coletivista e que pressupõe uma opção política pelos pobres e oprimidos.
O senso comum diz que religião e política não se discutem. Pelo contrário, precisamos refletir sobre a relação entre violência e política e, por outro lado, entre estas e a religião. Um simples olhar sobre a história da humanidade evidenciará a simbiose existente entre política, religião e violência. Como podemos esquecer, por exemplo, a barbárie dos ‘santos inquisidores’ de ontem e de hoje, uns em nome de Deus, outros em nome da razão do Estado? E o horror da noite de São Bartolomeu? Que seria dos conquistadores da nossa América se não utilizassem os recursos da Santa Madre? Seria a violência política suficiente para subjugar os povos dessas terras? E não foi a religião o cimento ideológico que justificou barbaridades como a escravidão do negro e a submissão secular da mulher? O puritanismo protestante foi empecilho para a dizimação dos povos indígenas na América do Norte? E as risíveis cenas, se não fossem trágicas, de religiosos, de um e outro lado, santificando exércitos em guerra?
Gostemos ou não, política, violência e religião entrelaçam-se em diversos contextos históricos. Há mesmo determinadas circunstâncias onde estão de tal forma amalgamados que é difícil distinguí-los. Assim, a luta entre o Parlamento e a Coroa inglesa no século XVII parece, ao estudioso desavisado, simples disputa religiosa entre puritanos, anglicanos e católicos. O mesmo podemos observar quanto ao conflito histórico entre protestantes e católicos na Irlanda e entre palestinos e israelenses no oriente médio. Em ambos os casos, fatores político-sociais secularmente sedimentados e influenciados pelas mudanças na política internacional produziram realidades complexas com problemas aparentemente insolúveis fora do recurso à violência. E mesmo quando busca-se uma solução pacífica, resultante das pressões políticas internas e externas dentro de uma nova realidade internacional, a violência não está descartada. E tudo parece uma disputa religiosa...
Os exemplos são muitos. Podemos encontrá-los inclusive em nossa história. Para não nos alongarmos, lembremos apenas que nossa frágil democracia conheceu poucos períodos onde pôde desenvolver-se pacificamente. Na República Velha, a oligarquia cafeeira tratou a questão social como caso de polícia e teve que enfrentar a revolta armada da classe média da época: o movimento tenentista. Esse movimento gerou a ‘Revolução de 30’, um ato violento que, entre outras coisas, fecundou o Estado Novo. Na ditadura estadonovista de Vargas, cristãos que simpatizavam com os americanos ou com os nazi-fascistas se uniram contra o inimigo comum, identificado com o próprio demônio na terra: o comunismo. A política, de novo, recorreu aos valores morais-religiosos para justificar o regime de exceção e a repressão.
Na segunda metade dos anos 40 tivemos a ilusão democrática da legalidade para os comunistas. Parecia então que o demônio fora exorcizado. Sabemos o final desta história: nova onda repressiva, ilegalidade, clandestinidade. A democracia da guerra fria, em nome da liberdade e dos valores democráticos, inverte a ordem dos valores: antidemocráticos são os outros, os comunistas. Dessa vez, porém, não precisou recorrer à religião (pelo menos não diretamente).
Em 1964 a religião foi novamente utilizada na cruzada contra os esquerdistas — o que na época significa avanços das lutas dos trabalhadores. As madames católicas saíram às ruas em marcha fortalecendo a base social golpista; a cúpula da Igreja silenciou e/ou apoiou os golpistas. Mas, também é verdade que setores minoritários dessa mesma Igreja adotaram uma postura corajosa e favorável aos explorados e oprimidos, contra o golpe militar, pela democracia e por uma sociedade justa e igualitária. De qualquer forma, política, violência e religião mesclam-se.
Política e violência unem-se ainda na resistência ao golpe. De um lado a repressão militar, as torturas, os desaparecimentos de filhos e filhas da nossa terra; de outro, a ilusão de que o povo enfrentaria em armas a ditadura militar impulsionado pelo exemplo da sua vanguarda. Às mães e pais desses jovens que sucumbiram nas garras do aparato repressivo estatal e paraestatal restaram a dor e a triste realidade de quem nem tem o corpo querido sobre o qual chorar. Para os que professam a fé restava o consolo da religião.
A democracia que temos foi regada com sangue. Não podemos esquecer o passado. Temos a obrigação de legar às futuras gerações uma história que, quando muito, é tratada nos livros e bancos escolares. Lembremos dos que, com erros e acertos (mas só erra quem age) dedicaram a vida ao povo, ao sonho de uma vida melhor para os excluídos da cidadania. Ontem tratados como terroristas, hoje como subversivos e outros epítetos. Seus nomes são vários. Lembremos de dois: Carlos Marighella, assassinado pela ditadura em 04 novembro de 1969; e, Santo Dias, assassinado pela polícia sob o governo Maluf em 30 de outubro de 1979. Um, guerrilheiro e comunista; outro, operário metalúrgico, militante da Pastoral Operária. Eis a política, a violência e a religião em ação...
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
RELIGIÃO E POLÍTICA
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
EU NÃO SEI PORTUGUÊS
Como professora de língua portuguesa, frequentemente ouço as pessoas me dizerem que não sabem português e que têm vergonha de falar perto de mim, que devo saber a língua corretamente. Bem, primeiramente que não existe isso de falar a língua corretamente. Quer dizer, existe, sim. Falar a língua corretamente é seguir regras da língua que todos nós seguimos (quase todos, pois há exceções). Para mostrar o que estou dizendo, vou exemplificar com um trecho que seria algo incorreto desse ponto de vista.
Menino vem o casa da sua. (em vez de O menino vem da sua casa)
Isso seria um erro do ponto de vista da estrutura da língua! Coisas como “os menino”, “vende-se casas” e “nós foi” são considerados desvios de uma norma, e não um erro da língua.
Uma língua é uma estrutura muito complexa, de fato. Mas é uma estrutura complexa que ainda pequenos nós conseguimos apreender (excetuando-se alguns casos específicos) e reproduzir. Dizer que não sabe falar português porque não se sabe que a concordância do verbo ser com o seu predicativo não está perfeita é exagerar. Na hora de usar a língua para a comunicação, conseguimos nos comunicar muito bem, obrigada.
Ah, claro, existem as diferentes normas dentro da língua. Uma pessoa que tenha estudado até o nível superior não se comunica como alguém que não tenha ido à escola e não tenha hábito de leitura. Assim como uma pessoa do interior de São Paulo, trabalhador rural, de uma classe menos favorecida economicamente, não se comunica como alguém que more em zona urbana e que seja de classe média.
E, para que uma pessoa seja aceita socialmente em determinados círculos, ela precisa conhecer e usar essas diversas normas determinadas por fatores econômicos, políticos, etários, sexuais, regionais.
Enfim, é preciso entender que saber usar a língua portuguesa todos sabemos (salvo exceções de ordem cognitiva). É possível, contudo, que não conheçamos uma modalidade da língua chamada por muitos de norma culta. Mas daí afirmar que não conhecemos e não sabemos a nossa própria língua é exagerar e cair até mesmo em preconceito. E, convenhamos, não precisamos de mais preconceito do que os que já nos são tão conhecidos.
Por Marília de Melo Costa em eucritico.com.br
COMO OS TEMPOS MUDAM!
terça-feira, 15 de setembro de 2009
MEU BLOG NÃO É GAY
APOLOGIA? EU, NÃO!
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
SER HOMOSSEXUAL É UMA OPÇÃO?
A resposta é NÃO. Até hoje não vi nenhum heterossexual acordar pela manhã e dizer "hoje quero ser gay" ou algum gay deitar-se a noite e decidir "amanhã acordarei gostando de pessoas do sexo oposto". Por incrível que pareça (não tão incrível assim se falarmos de Brasil, o país mais preconceituoso e hipócrita do mundo), ainda há quem pense dessa forma e atribua e/ou reduza as práticas homossexuais de um individuo à questão optativa.
Consideremos algumas coisas importantes: Primeiro, o homossexualismo (não para todos, é bom que fique claro) está longe de ser algo exclusivamente sexual. Estamos acostumados a levar para a cama quase todos os nossos assuntos mais importantes, e eu já disse uma vez aqui nesse espaço que o que menos deveria nos interessar nesse mundo cheio de tanta outras coisas discutíveis é a forma como goza uma pessoa. A cama está e deve ficar no quarto! O sexo homossexual é apenas uma pequena parte num conjunto amplo de manifestações de um indivíduo gay. Por isso afirmam alguns - embora não possa negar que muitos contribuíram para isso - que a imagem estereotipada de um gay é algo negativo, depreciativo, e não é.
Segundo, o homem que se relaciona afetivamente (ou não) com outro homem ou uma mulher com outra mulher buscam exatamente as mesmas coisas que buscam os ditos "normais”. Vejo nesses embates jurídicos e legislativos travados pelos órgãos de defesa dos homossexuais a intenção maior que estes seres humanos, também normais, sejam vistos como realmente são. Certa vez, li uma entrevista de Bruno Chateaubriand em que dizia que a única opção que um homossexual tem é a de assumir publicamente o desejo por alguém do mesmo sexo ou ter uma vida paralela, no mais, não há opções. Nessa mesma entrevista, ele lamenta o fato de que só é aceito pela "sociedade" por que tem uma boa condição financeira. Por isso digo que o Brasil é preconceituoso e hipócrita: Bruno é bem visto por que tem dinheiro, se não fosse assim seria apenas mais uma bichinha cheia de outros tantos apelidos maldosos e aviltantes.
Ser gay não é uma opção, mas uma condição como qualquer outra. Assim como ser branco, negro, ter olhos claros ou escuros. Não é uma anormalidade. Houve um tempo em que judeus, negros, índios, entre outros, não eram considerados 'gente' e foram mortos impunemente, sem dó nem piedade (ainda fazem isso hoje!). Agora, insistimos em matar as pessoas sufocando-as à uma condição de miséria e despojo social, motivados por nossas limitadas concepções ideológicas, políticas, religiosas e sociais. Matamos as pessoas na sua essência e essa é a pior das mortes.
Disse Bruno em sua entrevista: “Eu não tenho vontade de fazer um casamento escandaloso para chocar as pessoas, ou sair beijando na boca no meio da rua. Tenho vontade de fazer coisas simples, do dia-a-dia. Por exemplo: nós viajamos muito para o exterior e, na fila da imigração, sempre observo que casais heterossexuais se apresentam juntos na hora de mostrar os passaportes. Se há algum problema com um dos dois, o outro socorre."
Gay é isso e isso é ser normal, não é? A resposta é SIM.
domingo, 13 de setembro de 2009
De 14 a 20 de setembro: SEMANA DA DIVERSIDADE EM RIO BRANCO/AC
Certa vez, abrindo suas páginas, Carlos Drummond de Andrade disse aos meus olhos... “quando digo ‘meu Deus’/afirmo a propriedade./Há mil deuses pessoais/em nichos da cidade.” Se é assim, eu não creio em um Deus que mata ou em um Deus que chama homossexuais de sujos. O meu Deus não segura na mão da intolerância a pedra imensa e pesada da verdade.
Na Semana da Diversidade, homossexuais não matarão seu semelhante, porque, do semelhante, eles desejam o corpo para o gozo, para o beijo, para o amor. Que homens beijem seus homens e que mulheres beijem suas mulheres sem perder na intimidade a dignidade humana, e essa dignidade não se encontra no orifício.
Conheço muitos homossexuais mais dignos que heterossexuais. O meu Deus não olha para o rabo dos outros.
Adaptação do texto Nessa semana, Deus também é gay de Aldo Nascimento